O Brasil enfrenta uma mobilização massiva dos servidores da educação de universidades e institutos federais em busca de reajuste salarial, reestruturação de carreira e repúdio a medidas governamentais prejudiciais. Os professores estão em discussão com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos no intuito de aprovação das reivindicações
O
presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) se elegeu com a promessa de valorização da
educação e dos professores. Com isso, a greve dos servidores dos institutos e
universidades pressionam a gestão federal para mais investimentos e melhores
condições de trabalho em diferentes regiões do país.
De
acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica (Sinasefe), 470 unidades de ensino, entre institutos
e colégios, foram afetadas pela greve em 24 estados.
O
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) possui o
maior número de unidades em greve, ao todo são 31. Seguido pelo Instituto
Federal de São Paulo (IFSP) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) empatados com 23 unidades sem aula.
Lucas
Barbosa, coordenador do Sinasefe, contou ao Metrópoles que os
servidores junto ao Ministério
da Educação (MEC) e o Ministério da Gestão estão discutindo o plano de
carreira e completa que sem uma mudança no funcionalismo público da educação há
chances de um apagão na área.
“O
governo precisa sentar com o trabalhador da educação federal, principalmente
com o técnico. Se o governo não resolver a carreira vai ter um apagão. Os
servidores estão ganhando um pouco mais de um salário mínimo”, alerta Lucas
Barbosa.
Segundo
o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(ANDES-SN), 17 universidades federais irão aderir à greve a partir desta segunda-feira
(15/4), entre elas está a Universidade Federal de Brasília (UnB). Ainda de
acordo com o ANDES-SN, o pedido de reajuste para os servidores públicos seria
de 7,06% em 2024, de 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026.
“O
governo federal agiu com bastante descaso com o conjunto dos servidores
públicos federais, e não foi distinto com os docentes. O indicativo de 0% de
reajuste para 2024 tomou a categoria de forma muito contundente, que se somou a
outras violências, como a tentativa de viabilizar uma tímida implementação de
aumento em benefícios condicionada à proibição do exercício do direito de
greve’, enfatiza o Gustavo Seferian, professor da Faculdade de direito da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente do ANDES-SN.
Confira as universidades em greve:
A
ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou, nessa quinta-feira (11/4), que o
governo Lula poderá conceder 19% de reajuste aos servidores do Executivo Federal ao
longo dos quatro anos de mandato.
“O
que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo? Que, além dos 9%, a
gente garantiria mais 9%, 4,5% [em 2025] e 4,5% [em 2026] ao longo do mandato
do presidente Lula, garantindo, para todo mundo, no mínimo, 18%. Na verdade, é
19%, porque como você acumula um aumento em cima do outro, o aumento seria
19,03%, que é acima da inflação do período, então, por isso, ninguém teria
perda ao longo do mandato do presidente Lula”, disse Dweck durante entrevista
ao programa Bom dia, ministra, da TV Brasil.
Por
outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, declarou que o aumento para os servidores ainda este ano está
descartado. O petista se reuniu com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e
Esther Dweck na última quarta-feira (10/4). “O orçamento já está fechado”,
salientou.
Proposta
do governo
O
Ministério da Gestão informou que formalizou a proposta de reajuste do
auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais) a partir do mês de
maio, aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar
e, ainda, alta na assistência pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90. A pasta
destacou que tem discutido a reestruturação de carreira junto aos servidores ao
longo das mesas de negociação e busca um acordo “favorável” para eles.
O
Ministério da Educação anunciou que tem trabalhado para buscar alternativas
para valorização dos servidores da educação e está presente no diálogo com os
representantes dos docentes, técnicos e do Ministério da Gestão.
Fonte: Metrópoles
Não deixe de curtir nossa
página Facebook e
também Instagram para
mais notícias do Blog do professor TM
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário