O
senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) afirmou nesta
quinta-feira, 11, em entrevista ao podcast Estadão Notícias, que seu encontro na semana passada com o ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), foi “acalorado” e que tudo o que disse o
decano da Corte “teve a sua resposta”. Na última terça-feira, 2, Moro foi
recebido pelo ministro em seu gabinete, como apurou o Estadão/Broadcast,
em meio ao julgamento sobre o senador no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
(TRE-PR).
“Foi
uma conversa, de fato, ‘acalorada’. Não vou entrar em detalhes pois foi uma
conversa privada, mas nós conversamos e tudo que ele falou teve a sua resposta,
na tentativa de abrirmos um espaço para diálogo”, disse Moro ao Estadão
Notícias. “Não pedi nada, nem foi esse o objetivo, ele não participa de nenhum
julgamento que me envolva, mas a ideia é podermos olhar para frente”, completou
o senador.
A
reunião entre o senador e Gilmar Mendes ocorreu em meio às sessões do TRE do
Paraná que julgavam Moro por possível abuso de poder econômico e dos meios de
comunicação na eleição de 2022.
A
Federação Brasil da Esperança, que abarca o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL,
do ex-presidente Jair
Bolsonaro, pediam a cassação do ex-juiz Lava Jato. Os ministros da Corte eleitoral do Paraná julgaram as
ações dos partidos improcedentes. Os advogados de PT e PL recorrerão ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Três
dos sete integrantes do TSE são ministros do Supremo, mas Gilmar Mendes não
ocupa, no momento, uma dessas vagas e não vai participar do julgamento de Moro
na Corte máxima da Justiça Eleitoral. Decano do STF, ou seja, o ministro mais
antigo da Suprema Corte, é conhecido por tecer críticas aos métodos adotados
pela Lava Jato, da qual Moro foi o juiz titular até renunciar à magistratura,
em 2018.
Moro
critica ‘revanchismo’ de Lula
Ao Estadão
Notícias desta quinta, Moro voltou a criticar Lula pelo “revanchismo” em
relação à Lava Jato. Em março de 2023, durante uma entrevista, o presidente relembrou
o período em que permaneceu preso, cumprindo a condenação expedida por Moro,
então juiz, no caso do triplex do Guarujá. Segundo o petista, em todas as
visitas que recebia, as autoridades lhe perguntavam se estava bem, e ele sempre
respondia da mesma forma: “Só vai ficar bem quando eu ‘foder’ com o Moro”.
“O
próprio presidente Lula declarou em entrevista que queria se vingar de mim e da
Lava Jato, e depois fez ‘pouco caso’ das ameaças que foram feitas pelo PCC”,
afirmou o senador, relembrando uma investigação da Polícia
Federal (PF) que descobriu que o Primeiro Comando da Capital planejava atentados contra
autoridades públicas, como Moro e o promotor Lincoln
Gakiya.
“Falta
ao governo um projeto, para olhar para frente, construir um País, e aí fica
remoendo estes fatos do passado”, disse Sérgio Moro. “Não me interessa ficar
remoendo esse passado. Creio que esse revanchismo, esse revisionismo, prejudica
o País.”
Estadão
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