O Distrito Federal registrou 77 mortes por dengue, em 2024, até as 17h17 desta sexta-feira (1º), conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Até então, 55 óbitos estavam confirmados. A capital federal tem 60 mortes em investigação, e os prováveis casos da doença somam 102.757. Os números colocam o DF no topo das unidades da federação no Coeficiente de Incidência por 100 mil habitantes com o maior índice: 3.647,7/100mil. Mais que o dobro do segundo colocado: Minas Gerais, com 1.765,6/100mil habitantes.
Na mobilização do Distrito Federal pelo Dia D contra a dengue, neste sábado (2), ocorrida na região de Sol Nascente, a 35 quilômetros do centro de Brasília, a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, fez um balanço da situação. “O Distrito Federal vem demonstrando, apesar de todo o volume, respostas eficientes, e a nossa missão é diminuir a perda de vidas. Nós não podemos perder vidas, são mortes evitáveis e estamos com todo esse arsenal para, cada vez, mais diminuirmos o número de casos e perdermos menos vidas.”
Vacinação contra dengue
Como
medida adicional para conter os casos de dengue em Brasília, a secretária de
Saúde do DF disse que monitora, até o fim da próxima semana, o andamento da
vacinação de crianças de 10 e 11 anos contra a dengue. A depender da avaliação,
a imunização poderá ser ampliada, informou Lucilene Florêncio.
“Diariamente, estou monitorando e eu tenho percebido uma diminuição da procura.
Se houver essa permanência de diminuição da procura, a gente pode passar para
12 anos, mas, não mais que 12 anos, a princípio, pela quantidade de doses que
recebemos do Ministério da Saúde.”
Ao
todo, o Distrito Federal recebeu 71,8 mil doses da vacina. Até quinta-feira
(1º), cerca de 23,9 mil crianças desta única faixa autorizada a receber o
imunizante foram vacinadas. A Secretaria de Saúde do DF tem cerca de 45 mil
doses na reserva.
“Que
nenhuma vacina fique na geladeira e sem ir ao braço das crianças”,
disse Lucilene Florêncio. A secretária de Saúde afirmou que aguarda o
prazo de 90 dias para aplicar a segunda dose da vacina aos já imunizados, e que
acredita que este tempo será suficiente para o Ministério da Saúde avançar nas
tratativas com o laboratório japonês Takeda Pharma, fabricante da Qdenga. O
registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
A
Secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, e o secretário de Atenção
Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proença, participam do Dia
D de mobilização contra a dengue – Antonio Cruz/Agência Brasil
Em
resposta, o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde,
Felipe Proença, diz que a pasta tem trabalhado conforme o cronograma e
disponibilidade de doses informados pelo fabricante para distribuição no
sistema público de saúde. Ele disse que o ministério aguarda a fabricação
nacional de um imunizante contra a dengue. “O Brasil é pioneiro em vacinação da
dengue. É muito bom saber que se soma mais uma estratégia no combate à dengue.
Ao mesmo que é importante essa incorporação, conforme a possibilidade de
disponibilidade de doses pelo laboratório que tem produzido a vacina, ao mesmo
tempo que temos iniciativas nacionais muito importantes, para que possamos ter
também a fabricação nacional da vacina para dengue.”
Novas
ações
Como
medidas adicionais para conter os casos de dengue, o governo do Distrito
Federal anunciou também a instalação de mais 11 tendas de acolhimento e
tratamento de pacientes com casos suspeitos da doença. Os documentos das
empresas que atenderam ao chamamento público serão analisados até o fim da
próxima semana, segundo a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene
Florêncio. As 11 novas estruturas se somarão às nove já em funcionamento.
Diante
dos números de mortes e de infecções por dengue, a vice-governadora do Distrito
federal, Celina Leão, entende que as notificações de casos devem ajudar o
Ministério da Saúde a estudar o comportamento da dengue no restante do país.
“No Distrito Federal, como a gente não tem subnotificação e todas as nossas
coletas são feitas em um laboratório central, esse é um espectro muito grande
para pesquisa, para que o próprio Ministério da Saúde possa ter uma percepção
do que pode vir a acontecer no país como um todo.”
O
secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
garantiu que o governo federal tem avaliado e monitorado constantemente a situação
e dado apoio técnico ao Distrito Federal e mais seis estados que estão em
grande alerta pela dengue.
“Aqui,
há uma equipe técnica do Ministério da Saúde, representada por três
secretarias, junto à Secretaria [de Saúde] do Distrito Federal. Com isso, estamos
trabalhando, exatamente, para seguir esses passos e responder bem a essa
situação que tem muita relação com dois fatores: as mudanças climáticas
– que fizeram modificar o tempo em que iniciou, nesse ano, a situação de
aumento de casos – e a própria circulação de sorotipos [da dengue]. Tenho
certeza que estamos dando uma importante resposta para essa situação da
dengue”, disse Felipe Proença.
Fonte: O
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