"Ideologia, eu quero uma pra viver"

 

Fotomontagem TM

Nesta sexta-feira, 01 de março, a chamada “Frente política de Oposição em Juazeiro”, e da base do Governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula, se reuniu novamente para debater sobre os problemas do município.


A grande surpresa


Mais uma grande surpresa surge no grande tabuleiro da política de Juazeiro. Quem diria?


Mas vejam quem esteve presente ao evento da turma do “Faz o “L”, dessa sexta-feira? Ele mesmo “escondidinho” na foto, o Coronel Anselmo, que a última eleição municipal se apresentou como a “terceira via” da direita conservadora na cidade e que fez severas críticas ao Lulopetismo e hoje se junta aos “vermelhos”.


Depois do fiasco, a apelação?


No último pleito eleitoral, depois da grande decepção quando   conquistou apenas 12.006 votos, ou seja, 10,41% da preferência do eleitorado, o Coronel agora tenta sair do ostracismo político e se enveredar nas fronteiras da esquerda


Da direita para a esquerda em um “salto com varas”


Em entrevista concedida a um  programa de rádio em novembro de 2023, o Coronel PM da Reserva Anselmo Bispo reafirmou seu desejo de concorrer mais uma vez na eleição para prefeito de Juazeiro.


Na oportunidade Anselmo disse que sua pré-candidatura é uma coisa natural, não tem nenhuma conotação de ordem pessoal e que vai avaliar mais à frente a viabilidade desse projeto na opinião da população: “Hoje sou pré-candidato (a prefeito de Juazeiro) e vejo isso com a naturalidade da eleição passada. Se eu não quisesse ser pré-candidato eu não estaria militando, conversando com as pessoas de Juazeiro. Agora, não sou pré-candidato meu, nem de um projeto pessoal...Estou disposto a concorrer novamente, mas não posso ser candidato de mim mesmo, tenho que contar com apoio do nosso grupo”, declarou.


O Coronel Anselmo diz que segue firme na busca pela consolidação da força do seu grupo, terceiro colocado para prefeito de Juazeiro em 2020 com 12.006 votos ou 10,41% da preferência do eleitorado.


Para Anselmo o processo está iniciando e uma avaliação sobre possibilidades ainda está distante e haverá tempo para novas avaliações políticas: "A pré-candidatura é um processo para a candidatura e, se lá diante a gente perceber que nós não somos a pessoa escolhida pelo povo, numa possibilidade de disputa e eleição, logicamente nós vamos procurar apoiar um projeto que esteja mais próximo das nossas convicções”, declarou.


A subserviência ao “cacique indígena",   fala mais alto


Parece que os problemas dos políticos de Juazeiro, continua sendo  de se dar bem, em seus projetos pessoais, pouco importa se as suas decisões irão agradar ou desagradar ao povo. O foco estará sempre no “Chefe”, ou seja, naquele que dita as regras do jogo.


Como dizia o saudoso cantor Cazuza: "Ideologia, eu quero uma pra viver"


“Meu partido é um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito, ah
Eu nem acredito

 

(*) Professor e Analista político

 

 


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