O país registrou, 420.039 divórcios em 2022.
Uma
pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
divulgada nesta quarta-feira (27), observou que o Brasil teve 8,6% mais
divórcios em 2022, em comparação ao ano anterior.
O
número total de separações atingiu o pico máximo desde que o IBGE iniciou seu
registro em 2007. Além disso, de acordo com o levantamento, houve um aumento na
idade média de divórcio ao longo dos últimos doze anos. Em 2010, as mulheres se
divorciavam, em média, aos 39,4 anos, e os homens aos 42,6 anos. No entanto, em
2022, a idade média para o divórcio aumentou significativamente, com os homens
se divorciando em média aos 44 anos e as mulheres aos 41 anos.
A
pesquisa abordou diversos fatores e aspectos, e concluiu que, em 2022 houve
mais casamentos entre pessoas do mesmo sexo, somando um pouco mais de 11 mil
casamentos homoafetivos registrados. Em contrapartida, os óbitos infantis e de
adolescentes cresceram, na sua maioria relacionadas a doenças respiratórias.
A
pesquisa descreve também que, em comparação aos últimos anos, o número de
nascimentos diminuiu. O país registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, um
número que é 3,5% menor do que o registrado em 2021. É a 4ª queda seguida na
taxa de natalidade do país e o menor número desde 1977, ou seja, as pessoas
estão preferindo filhos quando já são um pouco mais velhas, destacou a
pesquisadora responsável pelo levantamento.
A
pesquisadora conclui dizendo: “Entendo que a nossa pesquisa retrata as mudanças
na sociedade, de valores e comportamento. A queda no número de nascimentos,
número de filhos por família, são dados que só confirmam tendências que a gente
já observa, como, por exemplo, o empoderamento da mulher, que, já há anos,
passa a estudar, entrar no mercado de trabalho, a ter maior aceitação ao não
priorizar somente filhos e casamentos.”
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