A
sessão do plenário da Câmara dos Deputados desta terça-feira (26) teve de ser
encerrada após um tumulto entre parlamentares de esquerda e do PL sobre o
assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
O
deputado Éder Mauro (PL-PA) foi à tribuna dizer que a esquerda tentou associar
o assassinato da vereadora ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mostrou uma
imagem na qual aparece o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do
Rio Domingos Brazão, preso no domingo sob suspeita de mandar matar Marielle,
usando uma camiseta com o nome da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
"Vocês
vão ter que arrumar outro defunto para poder atribuir a Bolsonaro, porque esse
defunto que está aí é de vocês", disse o bolsonarista.
A
ação do deputado gerou forte reação de parlamentares da esquerda, que afirmaram
que a postura era um absurdo e uma desrespeito.
Em
seguida, o cartaz foi passado ao outro deputado bolsonarista, o Delegado
Caveira (PL-PA), que segurou a imagem próxima de parlamentares da esquerda o
que desencadeou um tumulto no meio do plenário da Casa.
"Respeite
Marielle, respeite Marielle, que absurdo isso. Mentiroso. Brazão fez campanha
de Bolsonaro, que absurdo, que vergonha, isso é uma vergonha", disse a
deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).
Deputados
do PSOL também começaram a criticar a postura do parlamentar bolsonarista. A
certa altura, um deles chegou a rasgar a imagem. Diante da confusão, o deputado
Gilberto Nascimento (PSD-SP), que presidia a sessão naquele momento, encerrou a
ordem do dia.
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