Dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, unidade de segurança máxima localizada no interior do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), que foi notificada no início da manhã desta quarta-feira, 14, e agora auxilia nas buscas pelos fugitivos, inclusive com uso de helicópteros. As informações são do Estadão.
É
a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, onde
também estão membros do alto escalão de facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Atualmente, são cinco
presídios deste tipo no País: além de Mossoró, há unidades também em Catanduvas
(PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). A primeira delas, em
Catanduvas, foi inaugurada em junho de 2006.
A
Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que o secretário
André Garcia está a caminho de Mossoró para investigar os fatos e apurar as
responsabilidades do ocorrido. Os nomes dos fugitivos ainda não foram
oficialmente confirmados.
“A
Polícia Federal foi acionada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e
está tomando todas as providências necessárias para a recaptura dos foragidos e
a apuração das circunstâncias da fuga”, acrescentou a pasta.
A
Sesed afirmou ainda que, juntamente com a Secretaria de Estado da Administração
Penitenciária (Seap), está “dando total apoio” ao Sistema Prisional Federal.
Segundo a pasta, dois helicópteros auxiliam nas buscas: o Potiguar 02, que está
em Mossoró, e o Potiguar 01, que permanece em Natal.
“O
governo do Estado já fez contato com as secretarias de Segurança Pública da
Paraíba e do Ceará para a realização de ações integradas de reforço policial
nas divisas entre os estados”, disse a Secretaria de Estado da Segurança da
Segurança Pública.
Ainda
conforme a pasta, o Rio Grande do Norte não registra fugas em suas unidades
prisionais desde 2021. Alguns anos antes, em 2017, o Estado assistiu a uma
rebelião generalizada na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal,
em ofensiva que deixou ao menos 26 presos mortos.
Já
no começo do ano passado o Estado registrou uma onda de violência coordenada
pelo Sindicato do Crime, facção que rivaliza com o PCC na região,
em cerca de 20 cidades, incluindo Natal. Os casos consistiram em ataques a
ônibus, incêndios de estruturas de prefeituras e do governo, além de tiros
desferidos contra bases policiais e sedes do Judiciário.
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