Da redação
Por: Taciano Medrado
Se alguém me contasse eu não acreditaria. Mas em uma pais chamado Brasil tudo pode acontecer, até uma servidora honesta ser demitida por ser correta. Pois foi o que aconteceu com Kelli Cristine vinculada ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
Segundo a o portal de notícias Uol, Kelli
Cristine de Oliveira Mafort foi escolhida pelo ministro Márcio Macêdo como
número 2 da pasta. Ele diz que Kelli "demonstrou capacidade de gestão à
frente da Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas
Públicas desde janeiro de 2023".
Ela
é doutora em Ciências Sociais pela Unesp. Durante o mestrado e no doutorado,
foi bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) e fez pesquisas sobre a questão agrária, trabalho, movimentos
sociais e gênero.
Kelli
também foi uma liderança nacional do MST. Ela trabalhou como educadora popular
e coordenadora pedagógica de programas da Unicamp em parceria com movimentos
sociais.
Nas
redes sociais, Kelli agradeceu a nomeação e diz que assume com "imensa
alegria e senso de responsabilidade". "Frente à Secretaria Nacional
de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas, aprendi a transformar
desafios em conquistas. Ainda temos muitos outros desafios afrontadores, mas há
certeza de que a Participação Social é a melhor forma de implementar políticas
públicas.
A
ex-secretária-executiva Maria Coelho deixou o cargo após desentendimentos com o
ministro. Ela se negou a autorizar o uso de dinheiro público para custear a
viagem de três servidores para Aracaju para uma festa de Carnaval fora de
época. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, o próprio ministro autorizou
o pagamento.
Maria
era servidora de longa data dos governos Lula. Ela foi exonerada em 9 de
janeiro
Viagem
custou R$ 18,5 mil aos cofres públicos
A
Secretaria-Geral usou verba público para custear a viagem de três servidores
para o Précaju, em Sergipe, no fim do ano passado. Conforme o Estadão revelou,
A agenda particular ocorreu entre os dias 3 e 5 de novembro e custou, ao todo,
R$ 18.559,27 aos cofres públicos.
O
Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) vai apurar se os
recursos foram destinados de forma irregular. Após a repercussão, Márcio Macêdo
diz que houve um "erro formal" e que o dinheiro foi devolvido.
Eu
paguei as minhas passagens, em voo comercial, e fora do expediente. Eu fui no
final de semana, em agenda particular, e não recebi diárias para isso. Houve um
erro formal do meu gabinete, um erro de procedimentos que nunca mais se
repetirá. Um erro onde três assessores foram para Aracaju e utilizaram as
passagens os recursos públicos diante disso.
Márcio
Macêdo, em justificativa
Um
dos assessores foi um fotógrafo oficial da Presidência da República, que
registrou Macêdo na festa. A justificativa inicial da pasta é que houve uma
visita a uma ONG, que não estava em seus compromissos oficiais. Mas o ministro
não postou nenhuma foto do encontro na organização em suas redes sociais,
enquanto publicou 28 imagens e um vídeo da festa.
"Eu
sabia que eles estavam lá, mas não sabia que estavam recebendo e que foram
gastos recursos públicos sem ter agenda institucional", continuou Macêdo,
sem citar a suposta ONG. "Isso não pode acontecer, isso tem que ser
corrigido.”
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