Por: Taciano Medrado
Circula nas redes sociais uma série de polêmicas envolvendo os copos térmicos da marca Stanley, nos
Estados Unidos, a fabricante do produto confirmou que os itens possuem, de
fato, chumbo em sua composição. Mas, afinal, o uso dos copos pode ter algum
efeito sobre a saúde dos usuários?
Segundo
a Stanley, o chumbo é utilizado como material de vedação na base do copo. No
entanto, um revestimento de aço inoxidável impede o contato direto com a bebida
e, portanto, com o consumidor.
“A
Stanley esclarece que não há chumbo em parte alguma da superfície de seus
produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos que
estejam sendo consumido”, afirmou a empresa por meio de nota.
Também
de acordo com a Stanley, os copos térmicos da empresa possuem paredes duplas e
isolamento a vácuo, o que garante a conservação da temperatura das bebidas em
seu interior. O material de vedação incluiria uma parcela de chumbo em sua
composição, entretanto, “uma vez selada, a área é coberta por uma camada não
removível de aço inoxidável, tornando-a inacessível aos consumidores”, continua
a nota.
A
Stanley acrescenta, ainda, que seus produtos cumprem todas normas regulatórias
dos Estados Unidos, e que realiza validações e testes constantes em
laboratórios credenciados pela agência de vigilância sanitária norte-americana
(FDA).
O
chumbo
O
chumbo é um metal tóxico que pode ser absorvido pelo corpo após a inalação de
partículas finas ou vapores, além de poder ser absorvido por meio da ingestão
de compostos solúveis que possuem o metal. Segundo o Ministério da Saúde, não
há nível de exposição ao chumbo que não isente a vítima de efeitos nocivos.
Segundo
a docente do curso de Farmácia da UNISUAM e coordenadora do projeto Toxicologia
em foco, Riethe de Oliveira Rocha, o chumbo, ao adentar ao organismo, se
distribui amplamente pelo corpo da vítima, podendo afetar órgãos e tecidos.
“A
absorção do chumbo é influenciada por alguns fatores, como: idade, gravidez e
estado nutricional. Adultos e crianças são afetados, porém, a absorção em
crianças é maior que nos adultos. Em mulheres grávidas, o chumbo pode
atravessar a placenta e provocar abortos e partos prematuros”, alerta.
Ainda
segundo a especialista, pacientes com deficiência de ferro e cálcio podem
absorver o chumbo de forma mais rápida, podem acarretar em efeitos destrutivos
nas áreas neurológicas, cardiovasculares, ósseas, musculares, hepáticas e
renais.
Rocha
ressalta também que é necessário aguardar mais evidências científicas para que
avaliar se o chumbo do copo Stanley apresenta riscos à saúde do consumidor. A
professora desconhece qualquer dado que faça relação entre o chumbo utilizado
na produção do copo e consumidores que tiveram sua saúde prejudicada pelo
contato com o metal ao utilizar o item.
A
especialista destaca também que os principais sintomas do contato com o chumbo
são:
Neurológico: podem
surgir dores de cabeça, dificuldades de concentração, redução na coordenação
motora, tremores e encefalopatia. E em crianças, é possível observar também o
comprometimento no desenvolvimento cognitivo;
Cardiovascular: elevação
da pressão arterial;
Ósseo: interferência
no crescimento dos ossos, aumento da incidência de cáries e lentidão no
processo de mineralização óssea;
Muscular: cãibras
e fraqueza muscular;
Gastrointestinal: Dor
abdominal (conhecida como cólica do chumbo) e náuseas;
Renal: Diminuição
na taxa de filtração glomerular.
Com informações da Isto É
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