JERUSALÉM
(Reuters) - O ministro da Defesa, Yoav Gallant, apresentou nesta quinta-feira
os planos de Israel para o próximo estágio de sua guerra em Gaza, com uma
abordagem mais direcionada na região norte do enclave e continuando a
perseguição a líderes do Hamas no sul.
O
anúncio foi feito no momento em que Israel continua reduzindo suas forças em
Gaza para permitir que milhares de reservistas retornem a seus empregos, após
sofrer pressão internacional para adotar operações de combate menos intensas.
“Na
região norte da Faixa de Gaza, faremos a transição para uma nova abordagem de
combate de acordo com as conquistas do Exército na área”, disse o gabinete de
Gallant em um comunicado que, segundo ele, descreveu os princípios orientadores
que refletem a opinião de Gallant para as próximas fases da guerra.
Ele
afirmou que as operações incluirão batidas, demolição de túneis, ataques aéreos
e por terra e operações das forças especiais.
No
sul do enclave, onde a maioria da população de 2,3 milhões de pessoas de Gaza
está vivendo no momento, muitas em tendas e abrigos temporários, a operação
continuará tentando eliminar líderes do Hamas e resgatar reféns israelenses.
“Continuará
por quanto tempo for considerado necessário”, disse o comunicado.
Após
a guerra, Gallant afirmou que o Hamas não estará mais no controle de Gaza e que
Israel manterá a sua liberdade de ação operacional. Mas ele afirmou que não
haverá presença civil israelense e que órgãos palestinos comandarão o enclave.
“Os
residentes de Gaza são palestinos, portanto os órgãos palestinos estarão no
comando, com a condição de que não haja ações hostis ou ameaças contra o Estado
de Israel.”
Israel
lançou a sua ofensiva em Gaza após o ataque de 7 de Outubro por homens armados
do Hamas que mataram cerca de 1.200 pessoas em comunidades perto de Gaza e
levaram cerca de 240 ao cativeiro como reféns, segundo estimativas israelenses.
A
ofensiva de Israel matou mais de 22 mil pessoas, segundo as autoridades de
saúde palestinas, forçou a maior parte da população a abandonar as suas casas e
reduziu grande parte de Gaza a escombros.
Fonte: Reportagem
de James Mackenzie
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