A segurança nas redes sociais vai muito além de senhas

Foto ilustrativa 

(*) Bruno César Teixeira de Oliveira

Atualmente, é incontestável a importância das redes sociais no cotidiano global. Por meio delas, uma variedade de atividades, que vão desde o entretenimento até as profissionais, podem ser realizadas.


As pessoas utilizam essas plataformas para compartilhar ideias, pensamentos, opiniões, experiências, materiais, viagens e passeios, entre outras ações. Além disso, empresas e personalidades recorrem cada vez mais às redes sociais para promover conteúdos, marcas e produtos, dando origem a uma nova profissão: os influenciadores digitais.


Contudo, observa-se um aumento alarmante nas invasões de contas de personalidades públicas, como influencers e figuras do meio artístico. De acordo com relatórios do Center for Strategic and International Studies (CSIS), as invasões em contas de celebridades nas redes sociais cresceram 65% nos últimos 12 meses, indicando uma preocupante tendência em termos de segurança cibernética.


Após tais invasões, os golpistas frequentemente aplicam estratégias como o golpe do investimento. Estatísticas do FBI revelam um aumento de 80% nos relatos de golpes financeiros online envolvendo personalidades públicas, evidenciando uma escalada preocupante dessas atividades fraudulentas.


Para evitar essas situações, é crucial manter a autenticação em duas etapas ativa e adotar medidas rigorosas de proteção de senhas. Dados da Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) apontam que mais de 60% das invasões de contas online podem ser evitadas com senhas fortes e práticas de segurança adequadas.


No entanto, a fragilidade da segurança nas redes sociais não se restringe apenas a pessoas famosas e influenciadores. O excesso de exposição online favorece diversos golpes e crimes, mesmo para pessoas comuns.


A prática comum de fazer check-in em todos os lugares frequentados ou compartilhar detalhes cotidianos pode ser explorada por criminosos. Ao vasculhar as redes sociais, um infrator pode coletar padrões de comportamento, tornando, tanto a pessoa quanto seus contatos, mais propensos a diversos crimes cibernéticos, incluindo sequestro relâmpago.


A rede social, nesse contexto, fornece informações valiosas aos sequestradores sobre a rotina, preferências e locais frequentados regularmente. Além disso, ela oferece munição para golpes contra amigos e familiares, como o conhecido golpe de solicitar dinheiro pelo WhatsApp, usando fotos coletadas das redes sociais.


Portanto, além de proteger rigorosamente as senhas, evitando compartilhá-las e alterando-as regularmente, é essencial adotar outras precauções, como, evitar adicionar desconhecidos nas redes sociais e não transformar a plataforma em um diário público.


Avaliar cuidadosamente as opiniões postadas, manter as preferências pessoais privadas e exercer uma sólida educação digital são ações fundamentais para evitar golpes e fortalecer a segurança nas redes sociais, tornando o usuário mais protegido nesse ambiente cada vez mais integrado ao nosso cotidiano.

 

(*) gestor  de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras e colunista do O Boletim

 


AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso. Guarda Municipal de Juazeiro participa de palestra sobre a Lei Maria da Penha e combate à violência doméstica.

Faça um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem