Um
montante de R$ 379 bilhões. Esse é o valor previsto pelo projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) para ser distribuído para os 5.570 municípios
brasileiros em 2024. O valor é 21% maior que o previsto no PLOA de 2023, quando
os municípios receberam do governo federal R$ 296 bilhões.
O
crescimento é expressivo, ainda mais quando comparado com os orçamentos
municipais previstos para 2024. Que em muitos casos estão mais enxutos e
preveem gastos semelhantes aos de 2023.
Um
exemplo disso é o crescimento pouco expressivo de cidades de menor porte como
São João D’Aliança, em Goiás. Em 2023 o orçamento do município de 15 mil
habitantes foi de R$ 95 milhões. Para o ano que vem, a previsão é que sejam
gastos R$ 109 milhões, como explica a prefeita Débora Domingues.
“Como
as perspectivas não são muito boas, a gente já fez o orçamento mantendo o deste
ano. Não chegamos a diminuir, mas a gente manteve justamente por não ter muitas
expectativas para o ano que vem.”
“É
lamentável. Vem governo, vai governo e a gente vê que os recursos ficam
concentrados na União. Onde acontece o problema — que é no
município — o recurso chega bem reduzido. De um tempo para cá, cada
vez mais vão criando obrigações para os municípios cumprirem, sem repasse de
determinadas receitas. O prefeito tem se tornado em mero gestor de folha de
pagamento.”
O
que diz a LOA
A
Lei Orçamentária anual deve ser entregue pelos gestores municipais à Câmaras
Municipais, existe um prazo limite de quando esse projeto deve ser entregue ao
legislativo local, mas fica definido pela Lei Orgânica de cada município.
“Normalmente, essa data é de 15 a 30 dias após a entrega do orçamento federal —
que acontece em 31 de agosto —, mas pode variar de acordo com cada
cidade.
Segundo
o especialista em orçamento público e mestrando em políticas públicas pelo
IPEA, Dalmo Palmeira, depois de entregue à Câmara, o projeto precisa ser
aprovado e sancionado pelo governo.
“A
lei de orçamento é um projeto de lei como qualquer outro, então ele precisa
passar por aquele processo de aprovação de uma lei. Isso em qualquer nível:
municípios, estados e União. Em quase todos os municípios passa por uma
comissão de finanças para fazer uma discussão prévia e depois segue para
plenário.”
O
segredo para um 2024 otimista
Na
contramão da maior parte dos municípios brasileiros, Ribeirão Preto (SP),
cidade com 711 mil habitantes, não só deve fechar as contas de 2023 no azul,
como já entregou à Câmara Municipal a Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo
ano com orçamento recorde.
Segundo
o prefeito Duarte Nogueira, a estimativa de receita para 2024 é de mais de R$
4,8 bilhões, o que só foi possível graças a um processo de “ancoragem e de colocação
da casa em ordem que começou em 2017”, explica o prefeito.
“Nós
tivemos uma melhora nas receitas de ISS, de IPTU — sem aumentar o imposto. Nós
cortamos pela metade os cargos em comissão, hoje metade desses cargos em
comissão que foram extintos são preenchidos por funcionários de carreira da
prefeitura. E uma boa gestão administrativa sempre com os olhos voltados para a
redução de despesas, sem aumento de receitas de impostos e uma melhor qualidade
do gasto público.”
O
documento apresenta despesas e receitas da prefeitura além da previsão de onde
os recursos serão aplicados. Saúde e Educação devem receber um percentual
mínimo específico por Lei. O restante da receita pode ser aplicado pela
prefeitura em outras ações, obras e programas. Benefício que reverte em
investimento para a população.
Segundo
o prefeito, serão feitos em 2024 investimentos em diversas áreas como saúde,
educação, mobilidade urbana e assistência social.
Fonte: Brasil 61
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