Da Redação
Por: Taciano Medrado
A
apresentação de uma dança erótica em evento promovido pela pasta do Ministério da Saúde e que gerou repulsa e indignação fez
o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, “dançar”
no cargo literalmente.
O
fato ocorreu na quinta-feira(5) e foi alvo de críticas de opositores e até
mesmo aliados do governo. O vídeo, que circulou nas redes sociais, foi gravado durante 1º
Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. A apresentação
mostra uma pessoa cantando uma música e outra fazendo uma coreografia erótica
no centro do palco, enquanto participantes aplaudem da plateia.
Segundo
o Estadão, o próprio Ministério da Saúde ao tomar conhecimento do fato repudiou
o ato e afirmou que o diretor assumiu integralmente a responsabilidade pelo
episódio. A ministra Nísia Trindade disse, em vídeo publicado nas redes
sociais da pasta neste sábado, 7, que foi pega de surpresa com a repercussão
enquanto participava de agendas em Diadema e Mauá, em São Paulo.
“Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”, afirmou a ministra. Em nota, o ministério classificou o ato como “inadmissível”. “O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”, diz o documento.
Evitando abusos
Após o episódio, o ministério anunciou a criação de uma curadoria de eventos, vinculada ao gabinete da ministra, para avaliar as participações propostas em eventos oficiais.
Oposição cobra
Parlamentares de oposição enviaram requerimentos de informação para apurar o nome dos responsáveis pelo evento e os gastos realizados pela pasta.
A ministra é obrigada a prestar informações ao Congresso
Nacional no prazo de 30 dias, sob pena de enquadramento no crime de responsabilidade
e afastamento do cargo.
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