Neste
ano, os cubanos não celebrarão o Dia do Trabalhador como de costume. Não haverá
marchas, bandas e nem bandeiras do país espalhadas pela Praça da Revolução, em
Havana. O regime do país cancelou o desfile devido à falta de combustível na
ilha. As informações são da Folha de S. Paulo
Há
semanas, motoristas fazem filas durante toda a noite em frente aos postos de
gasolina. Segundo o líder de Cuba, Miguel Díaz-Canel, a ilha está recebendo
apenas dois terços da gasolina que o país precisa para abastecer seus
automóveis e caminhões. O regime alega que a escassez tem origem no
descumprimento de acordos comerciais por parte de outros países.
Lê-se
Venezuela. O país sul-americano diminuiu drasticamente a exportação de petróleo
para a ilha um acordo do início dos anos 2000 garante a entrega em troca de médicos
e professores cubanos. De acordo com o jornal inglês The Guardian, as exportações
da Venezuela para Cuba caíram cerca de 50% na última década. Neste ano, por
exemplo, as exportações passaram para 55 mil barris por dia; em 2020, eram
quase 80 mil.
A
queda teria dois motivos.
O
primeiro são as sanções impostas pelos Estados Unidos ao país governado por
Nicolás Maduro, que agora acometem até mesmo a demanda interna.
O
segundo, por mais contraditório que pareça, passa pelas autorizações de
Washington para que empresas americanas importem petróleo de Caracas, depois
que o mercado de combustíveis entrou em crise com a Guerra da Ucrânia. Agora, o
petróleo de alta qualidade da Venezuela, ao que parece, estaria indo para os
EUA.
Restou
a Cuba o petróleo de baixa qualidade extraído na própria ilha. Em alguns casos,
as refinarias cubanas não conseguem nem processá-los.
Não
à toa que o regime socialista vem fechando acordos com outros países, às
escusas das sanções americanas à ilha. Sob o presidente esquerdista Andrés
Manuel López Obrador, o México enviou um volume crescente de combustível para
Cuba, de acordo com dados de rastreamento de embarcações Refinitiv Eikon.
Um
navio-tanque da petroleira estatal mexicana Pemex descarregou duas vezes desde
abril em uma refinaria em Havana, uma das poucas que produzem gasolina na ilha.
Paralelamente, uma embarcação independente de bandeira panamenha visitou duas
vezes portos cubanos desde janeiro ela vinha do terminal mexicano de Salina
Cruz, transportando gás liquefeito de petróleo (GLP), normalmente usado para
cozinhar.
Cuba
também importou desde novembro pelo menos cinco cargas da Rússia, fornecedora
de longa data, além de combustível de terminais do Caribe e da Europa.
Embora
não sejam suficientes para atender à demanda, as importações de novas fontes
podem aliviar a mais nova crise econômica do regime de Díaz-Canel. Lidia
Rodriguez, diretora comercial da petrolífera estatal cubana Cupet, defendeu na
semana passada o racionamento imposto pelo regime: "Estamos tentando
evitar a escassez total de combustível no país", disse.
Várias
universidades anunciaram aulas online, já que ir de automóvel está cada vez
mais difícil. A produção e o transporte de alimentos também estão começando a
ser prejudicados.
Mas
ainda há quem não abra mão dos tradicionais eventos de 1º de Maio. Apesar do
mal-estar, Ulises Guilarte de Nacimiento, chefe do Sindicato Central dos
Trabalhadores de Cuba, disse que o Dia do Trabalhador não será totalmente
cancelado. Segundo ele, as comemorações nas comunidades, escolas e locais de
trabalho vão decorrer em condições de "máxima austeridade".
Para ler a matéria na íntegra acesse nosso link na pagina principal do
Instagram. www: professsortaciano medrado.com e Ajude a
aumentar a nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário