Comunitário Juazeirense Davi Lima entre os detidos - foto redes sociais
A Polícia Federal informou nesta terça-feira, 10, que, por ‘questões humanitárias’, liberou 599 pessoas que haviam sido detidas por atos antidemocráticos no domingo, 8, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram parte das instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. A PF também divulgou que outros 527 investigados permanecem presos
Em
nota, a corporação esclareceu que o grupo liberado é composto de ‘idosos, pessoas
com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças’.
Também indicou que ‘todos estão recebendo alimentação regular, café da manhã,
almoço, lanche e jantar, hidratação e atendimento médico quando necessário’.
A
Seccional no Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil esteve no
ginásio para onde os detidos foram encaminhados e relatou que, segundo o
delegado-chefe da Polícia Federal Rodrigo Teixeira, os liberados tiveram
‘transporte assegurado até a rodoviária, com ônibus à disposição delas’.
Ao
todo, 1,5 mil manifestantes foram detidos e conduzidos para a Academia Nacional
de Polícia, em Brasília, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal. No despacho, o magistrado ordenou a dissolução e
prisão em flagrante de todos os acampados em frente ao Quartel General do
Exército em Brasília.
Os
detidos foram encaminhados à Academia Nacional de Policia em razão do espaço
necessário para realização de todos os procedimentos de polícia judiciária.
Após os trâmites, os presos são apresentados à Polícia Civil do DF, responsável
por encaminhar os detidos ao Instituto Médico Legal e, depois, ao sistema
prisional.
“Os
procedimentos estão sendo acompanhados, ininterruptamente, pela Ordem dos
Advogados do Brasil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF, Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União”, informou a
PF.
Na
tarde desta terça-feira, 10, o governo do Distrito Federal divulgou uma lista
com 277 nomes de pessoas encarceradas em razão dos atos antidemocráticos
registrados no domingo, 8. A lista inclui custodiados na Penitenciária Feminina
do DF e no Centro de Detenção Provisória II. De acordo com o Executivo
distrital, a divulgação dos nomes atende a uma decisão da Vara de Execuções
Penais do DF.
Nesta
manhã, antes de a Polícia Federal anunciar a liberação dos 599, o ministro
Alexandre de Moraes afirmou que ‘não há apaziguamento das instituições’, em
referência às responsabilizações dos envolvidos nos atos golpistas. “Não achem,
esses terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam
que estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não achem
que as instituições irão fraquejar”, cravou.
O
delegado disse que está se cumprindo a ordem judicial e o atendimento ocorre da
melhor maneira possível, dentro de uma infraestrutura que vem comportando as
1.200 pessoas que ali chegaram.
Um dos liberados foi o comunitário Davi Lima que aparecia e vídeo reclamando dos maus tratos que estava passando ha dois dias dentro do ginásio em brasília. Veja abaixo.
O post Atos golpistas: PF libera 599 por ‘questões humanitárias’ e mantém 527 presos apareceu primeiro em ISTOÉ Independente
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