Da Redação
A
ONG anticorrupção Transparência Internacional criticou nesta 5ª feira
(5.jan.2023) a posse do ex-governador do Amapá Waldez
Goés (PDT) como ministro da Integração e Desenvolvimento Regional do
governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
Em
2019, Góes foi condenado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a 6
anos e 9 meses de prisão pelo crime de peculato, isto é, desvio de recursos
públicos. Em 2020, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a condenação. A
defesa de Waldez Goés entrou com um habeas corpus. Entretanto, o
julgamento está parado desde 2021, quando o ministro Alexandre de Moraes
pediu vista (mais tempo para analisar).
“Ainda
assim, apesar da gravidade do caso, foi empossado ministro do governo Lula”, escreveu a
organização por meio de seu perfil no Twitter. Leia abaixo.
Segundo
a Transparência Internacional, a nomeação do ex-governo do Amapá para o
cargo “acende todos os alertas”. Disse ainda que “destoa dos bons
quadros” escolhidos pelo governo petista para a AGU (Advocacia-Geral da
União) e para a CGU (Controladoria-Geral da União). Os órgãos citados são
chefiados, respectivamente, por Jorge Messias e Vinicius de Carvalho.
A
ONG afirmou que Waldez Goés assumiu a pasta “pela cota do Centrão, que
consegue achacar qualquer governo, à direita ou à esquerda”. Como mostrou o Poder360, o ex-governador foi indicado
pelo senador Davi
Alcolumbre (União Brasil-AP).
“A
sociedade e as instituições devem impedir que um ministério fundamental para o
desenvolvimento de regiões desassistidas do país continue usado como máquina de
corrupção e feudalização eleitoreira. O Centrão pode achacar governos, mas não
pode achacar a sociedade brasileira”, concluiu.
O
OUTRO LADO
O Poder360 entrou
em contato com a assessoria do ministro Waldez Goés para obter um
posicionamento oficial a respeito dos comentários feitos pela ONG Transparência
Internacional. Entretanto, não obteve resposta até a publicação desta
reportagem. O espaço segue aberto.
Waldez
Goés tomou posse na 3ª feira (3.jan.2022) como ministro de Integração e
Desenvolvimento Regional de Lula. Durante a cerimônia, fez críticas ao
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua gestão.
“As
conquistas que nosso povo alcançou nos governos de Lula sofreram retrocessos
nos anos recentes”, disse o ex-governador. Para Góes, o trato do governo
anterior levou a “problemas severos” para o ministério, que, segundo
ele, sofreu uma “drástica” redução nos seus recursos orçamentários.
Ele afirmou que a prioridade do ministério será a recomposição do Orçamento da Defesa Civil, que, segundo ele, só tem recursos disponíveis até 20 de janeiro de 2023. Com informações do poder 360.
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