Geraldo Alckmin, Lula e Fernando Haddad RICARDO STUCKERT - 27.5.2022
Da Redação
A
campanha do presidente eleito do Brasil, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), cogita três nomes para o posto de coordenador da
equipe que fará a transição de governo com o presidente Jair Bolsonaro (PL): o
vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), o senador eleito e ex-governador
do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), e o candidato derrotado para o Governo de
São Paulo Fernando Haddad (PT).
Em
comum, os três já responderam a processos na Justiça pelo envolvimento em
polêmicas. Em 2020, Alckmin
foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral e virou réu por
corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral por suposto
caixa 2 de R$ 11,9 milhões pagos pela Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014,
anos em que ele disputou o Governo de São Paulo e foi eleito.
O
primeiro repasse, em 2010, teria sido efetuado por intermédio do escritório de
Adhemar Ribeiro, cunhado de Alckmin. Os pagamentos constam nas planilhas do
Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, responsável pela
contabilidade das propinas.
Em
2014, o esquema teria contado com a participação do então tesoureiro de
campanha Marcos Monteiro, que teria atuado ao lado da Odebrecht na autorização,
planejamento e execução dos pagamentos da propina. De acordo com a denúncia, os
repasses foram feitos em 11 parcelas, totalizando R$ 9,3 milhões. O processo
ainda está em aberto. Em março deste ano, a
Justiça Eleitoral ratificou a denúncia.
Haddad
é réu em uma ação civil pública de improbidade administrativa na qual é suspeito
de envolvimento em irregularidades
na implantação da ciclovia Ceagesp–Ibirapuera. A obra, que foi realizada
quando ele era prefeito de São Paulo, tem 12,4 quilômetros de extensão e foi
contratada sem licitação.
Segundo
o Ministério Público, a ciclovia teria sido superfaturada: cada quilômetro saiu
por mais de R$ 4 milhões, ou quase seis vezes mais do que foi pago à mesma
construtora em governos anteriores. A investigação do Ministério Público
começou em 2016, último ano de Haddad como prefeito, e ainda não foi
concluída.
Além
disso, em 2019, Haddad
foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo crime de
falsidade ideológica para fins eleitorais. De acordo com a sentença, houve
258 declarações falsas de despesas com gráfica na prestação de contas da
candidatura dele à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Em 2021, no entanto, o
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo absolveu Haddad por ausência de
provas.
Já
Wellington Dias foi alvo
de investigação da Polícia Federal em 2020, que apurou desvios de
recursos da ordem de R$ 50 milhões da Secretaria de Educação do Piauí por meio
de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar.
De
acordo com as investigações, de 2015 a 2016, servidores da área administrativa
da Secretaria de Educação do estado se associaram a empresários do setor de
locação de veículos para superfaturamento de contratos de transporte escolar e
desviaram R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(Pnate).
Procurado
pelo R7, o PT não se manifestou até a atualização mais recente deste
texto.
Fonte: R7
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