Paulo Bernardo, ex- marido de Gleisi Hoffmann e ex-ministro do governo Dilma - foto R7
Da
Redação
Ex-marido da presidente do PT, Gleisi Hoffmann e ex- ministro das Comunicações do governo Dilma e integrante do grupo que discute o tema na equipe de transição do governo Lulapetista, Paulo Bernardo afirmou nesta segunda-feira (14) que avalia a possibilidade de taxação de empresas de tecnologia no país.
Quem é Paulo Bernardo?
Em materia publicada pela UOL em 23 de junho de 2016, as 07:07h e atualizada as 18:37h (Reveja), o ex-ministro das Comunicações e do Planejamento Paulo Bernardo foi preso na
manhã desta quinta-feira (23) pela Polícia Federal em Brasília. Ele estava no
apartamento funcional de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e
deverá ser levado a São Paulo. Paulo Bernardo foi preso no âmbito da Operação
Custo Brasil, que é um desdobramento da fase Pixuleco 2 da Operação Lava Jato,
de agosto de 2015. Além da PF, a ação é comandada pelo Ministério Público
Federal e a Receita Federal. A defesa do ex-ministro classificou a prisão
de ilegal.
Segundo
as investigações, a operação apura o "pagamento de propina proveniente de
contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões,
entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e
agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão". Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento (2005-2011), no
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro das
Comunicações (2011-2015), na gestão da presidente Dilma Rousseff
Ao
todo, a PF cumpre 11 mandados de prisão preventiva (um deles contra o
ex-ministro), 14 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar
esclarecimento e depois é liberada) e 40 de busca e apreensão nos Estados de
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o ex-ministro da Previdência e da Secretaria da Aviação Civil Carlos Gabas e jornalista Leonardo Attuchl, dono do site "Brasil 247", são alvos de condução coercitiva. A residência de Gabas em Brasília ainda foi alvo de busca e apreensão. A casa de Paulo Bernardo e Gleisi, em Curitiba, também é alvo de buscas, assim como o Diretório Nacional do PT, no centro da capital paulista
Os
nomes das demais pessoas alvas dos mandados de prisão ainda não foram
revelados. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de influência,
corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização
criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão. Os mandados foram expedidos pala
6ª Vara Criminal Federal em São Paulo. De acordo a PF, há indícios de que o
Ministério do Planejamento "direcionou a contratação de uma empresa de prestação
de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na
folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados,
interessados na concessão de crédito consignado.
Para os investigadores, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no Planejamento por meio de outros contratos fictícios ou simulados.
Suspeitas contra Paulo Bernardo No começo de maio deste ano, a Procuradoria-Geral da República denunciou Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann ao STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da Operação Lava Jato. A acusação é que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, recebeu R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras.
O nome do ex-ministro também apareceu na delação do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS), que afirmou à Procuradoria que Paulo Bernardo atuava como "operador" da mulher
Questionado sobre o que queria dizer com a expressão "operador", Delcídio respondeu, em depoimento no âmbito de sua delação premiada, que "ele [Paulo Bernardo] tinha uma capacidade forte de alavancar recursos para a campanha [de Gleisi.
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