A
seis dias das eleições de meio de mandato, o presidente americano, Joe Biden,
alertou na quarta-feira os candidatos dispostos a negar os resultados que
fazê-lo "abre o caminho para o caos".
Biden
discursou no Capitólio, atacado em janeiro de 2021 por apoiadores de Donald
Trump convencidos da vitória do republicano nas eleições presidenciais de 2020.
"Gostaria
de poder dizer que o ataque à nossa democracia acabou naquele dia, mas não
posso", expressou Biden, referindo-se ao número de candidatos dispostos a
não aceitar os resultados da votação de 8 de novembro. "Há candidatos
disputando todos os níveis de cargos nos Estados Unidos que não se comprometem
a aceitar os resultados das eleições."
"Esse
é o caminho para o caos", alertou o presidente, pedindo que o país se
oponha "à violência política e intimidação dos eleitores. Como disse
antes, você não pode amar seu país apenas quando vence."
Ao
se pronunciar às vésperas das eleições de meio de mandato, o democrata
assinalou que este "não é um ano normal". "Em um ano normal, não
somos frequentemente confrontados com o questionamento se o voto que damos irá
preservar a democracia o colocá-la em risco."
Durante
as eleições de meio de mandato, os americanos renovam todas as 435 cadeiras na
Câmara de Representantes e um terço do Senado. Também serão disputados alguns
governos estaduais e vários cargos importantes em diversas regiões do
país.
O
presidente citou como exemplo o caso de Paul Pelosi, marido da presidente da
Câmara, Nancy Pelosi, que foi agredido com um martelo em sua casa na
sexta-feira passada.
O
agressor afirmou que na verdade procurava a líder democrata.
Na
reta final das eleições, Biden tenta conduzir o debate para a proteção da
democracia, enquanto os republicanos o atacam, atribuindo a ele uma
"gestão cruel" da inflação.
Em
resposta ao discurso de Biden, o líder da minoria republicana na Câmara, Kevin
McCarthy, acusou o presidente de "não abordar as principais preocupações
dos americanos".
"Em
seis dias, os republicanos vencerão de forma convincente e ajudarão a colocar
os Estados Unidos de volta nos trilhos", tuitou.
O
consenso entre os analistas é de que os democratas perderão a maioria na Câmara
dos Representantes para uma maré vermelha republicana na próxima terça-feira,
enquanto o controle do partido no Senado está por um fio.
Com informações da AFP (cl/bfm/atm/dga/lb/fp)
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