Por Mtnos Calil
Ex-presidente
afirmou ainda que é importante conscientizar a sociedade para que o
bolsonarismo não vire política definitiva no Brasil
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (17) que
ele irá ganhar as eleições e derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o "bolsonarismo
está criado" —e que isso será um problema. Segundo Lula, será preciso
conscientizar a sociedade para que o bolsonarismo não vire política definitiva
no Brasil.
"Nós
vamos ter um problema, que nós vamos ganhar as eleições, derrotar o Bolsonaro,
mas o bolsonarismo está criado. Depois [das eleições] nós temos que
conscientizar a sociedade para que ela não crie no bolsonarismo uma política
definitiva no Brasil, que é o que a extrema-direita está tentando fazer aqui e
em outros países", disse.
Na
tarde desta segunda-feira (17), o petista participou de encontro com cerca de
200 padres, freiras e outros religiosos. Em um momento, Lula ganhou de presente
uma cruz de madeira. Ao final do encontro, o petista recebeu uma bênção.
O
ex-presidente criticou o que disse ser um "clima de ódio" tomado por
parte da sociedade brasileira nos dias atuais.
"Tenho
lido notícias de padres que são atacados durante a missa porque estão falando
da fome, da pobreza, da democracia. São atacados por pessoas que sempre
conviveram com a gente e que a gente não sabia que essa pessoa tinha tanto ódio
dentro dela", disse.
Lula
também criticou a família de Bolsonaro num momento em que ele citava o
resultado das eleições na Itália e a situação atual da Hungria.
"Vimos
o que aconteceu agora na Itália. A extrema-direita com a cabeça fascista ganhou as eleições lá. A
gente sabe o que acontece na Hungria. Aqui no Brasil tem representação. E a
família do atual presidente representa esse segmento raivoso da direita
internacional."
O
ex-presidente criticou ainda o desmatamento no Brasil e disse que não haverá
garimpo ilegal em terras indígenas caso ele vença as eleições. "Os
verdadeiros produtores rurais, aqueles que são sérios, não derrubam árvore.
Quem derruba, derruba não como produtor, mas como transgressor das leis desse
país."
No
encontro desta tarde, Lula estava acompanhado de seu vice, o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSB), do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando
Haddad, da vice de Haddad, Lúcia França, e da socióloga Rosângela da Silva, a
Janja, sua esposa.
No
primeiro turno, embora rechaçasse incluir religião na campanha, o ex-presidente
tratou do tema em discursos, se encontrou com evangélicos e viu sua equipe
montar uma ofensiva nesse segmento para impedir crescimento de Bolsonaro entre
esses eleitores.
No último dia 4, Dia de São Francisco de Assis, Lula se reuniu
com o Frei Davi, coordenador da Educafro, e frades franciscanos. O encontro
com os frades era uma resposta à proliferação de vídeos e mensagens que
circulam nas redes sociais associando o ex-presidente Lula ao satanismo.
No
dia seguinte, o bispo Romualdo Panceiro, que foi integrante da cúpula da Igreja
Universal, se reuniu com Lula para declarar apoio ao petista no
segundo turno da corrida eleitoral. Ele gravou vídeo no qual declarava seu apoio ao petista.
Fonte: Instituto mãos limpas Brasil
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