foto divulgação
Da Redação
O
ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral,
concedeu liminar para proibir a campanha do ex-presidente Lula de veicular
imagens que associam o presidente Jair Bolsonaro ao canibalismo. O ministro
atendeu a um pedido da coligação de Bolsonaro.
As
imagens em questão, usadas em uma propaganda de Lula, são de uma entrevista de
Bolsonaro ao jornal americano The New York Times em 2016. Na ocasião,
ele disse que "comeria um índio sem problema nenhum", e que só
não comeu carne humana porque seus colegas não quiseram
acompanhá-lo.
Para
Sanseverino, o vídeo apresenta um recorte de determinado trecho
da entrevista de Bolsonaro, "capaz de configurar grave
descontextualização". Na visão do ministro, houve "alteração
sensível do sentido original da mensagem", justificando a
retirada do ar das imagens.
Segundo
o ministro, "sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato
representante admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne
humana e não nas circunstâncias individuais narradas no mencionado colóquio, o
que acarreta potencial prejuízo à sua imagem e à integridade do processo
eleitoral que ainda se encontra em curso".
Na
entrevista ao NYT, Bolsonaro comentava uma visita que fez a uma comunidade
indígena. De acordo com seu relato, um indígena havia morrido e os outros
membros do grupo iriam cozinhá-lo e comê-lo. Bolsonaro teve curiosidade de
assistir, mas foi informado de que, para assistir, seria obrigado a participar
da refeição. Disse que, quanto a isso, ele não teria problema nenhum, e que só
não foi ver a cerimônia porque ninguém da comitiva quis acompanhá-lo.
Clique aqui para ler a decisão
0601386-41.2022.6.00.0000
Com informações da Revista Consultor Jurídico,
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