A
âncora de um telejornal da emissora NBC KJRH em Tulsa, em Oklahoma (EUA),
causou um susto nos telespectadores. Julie Chin teve o começo de um derrame ao
vivo e precisou ser socorrida às pressas.
A
apresentadora teve dificuldades em ler o teleprompter, mostrando que algo não
estava bem. Ela trocou as palavras ao falar sobre o lançamento da Nasa. “Sinto
muito, algo está acontecendo comigo esta manhã”, disse a jornalista antes de
passar o comando para a meteorologista Annie Brown.
Em
sua conta no Facebook, Julie tranquilizou o público sobre seu estado de saúde.
De acordo com a publicação, seus médicos apontaram que o ocorrido se tratava do
início de um derrame.
“O
episódio parece ter surgido do nada. Eu me sentia ótima antes do nosso
programa. No entanto, ao longo de vários minutos durante o nosso noticiário, as
coisas começaram a acontecer. Primeiro, perdi a visão parcial de um
olho. Um pouco depois, minha mão e meu braço ficaram dormentes. Então, eu
sabia que estava com um grande problema quando minha boca não falava as
palavras que estavam bem na minha frente no teleprompter”, completou.
Perda
parcial da visão, dormência nos membros e dificuldade para falar estão entre os
sintomas universais do acidente vascular cerebral (AVC). Além desses, há ainda
outros sintomas como:
Dor de cabeça súbita e intensa;
Dificuldade
para compreender o que os outros falam;
Perda
da coordenação motora;
Paralisia
ou dormência no rosto e membros, em apenas um lado do corpo;
Tontura,
que pode acompanhar vômitos;
Visão
turva.
Derrame
ou AVC hemorrágico
Quem
explica é o neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Wanderley
Cerqueira de Lima. Conforme o médico, o derrame é o tipo de AVC mais perigoso:
o AVC hemorrágico. “Isso porque ele é causado pelo rompimento de um vaso
cerebral que conduz o sangue para o cérebro e provoca hemorragia dentro do
tecido, ou na região entre o cérebro e a meninge, o que impossibilita a circulação na área atingida e leva à perda de sua
função”, esclarece.
Apesar
de ser o menos comum, esse tipo de AVC também é uma emergência médica, pois
apresenta um maior risco de morte. Como destaca o neurocirurgião, o
derrame é a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas do infarto.
Portanto, o atendimento médico imediato e um tratamento rápido é crucial.
“Tempo
é cérebro. Isso quer dizer que o socorro tem que ser imediato. Dentro das
primeiras quatro horas que surge o AVC, a pessoa tem que ser diagnosticada e
prontamente tratada”, reforça o especialista. Ele aponta ainda que menos de 30%
dos pacientes chegam aos hospitais no tempo adequado, o que é bastante
perigoso, pois pode deixar graves sequelas.
“Cada minuto conta. Se demorar para tratar um AVC, o potencial de danos e as incapacidades pelos danos serão maiores”, finaliza o neurocirurgião.
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