(*) Leandro Mazzini
Há um segredo na cúpula do PT e PSB, que estrategicamente não desceu (ainda) para as hostes. Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSB) têm um acordo sobre como será a gestão de eventual Governo da dupla.
O gerentão do dia-a-dia
fica com o ex-governador, com forte agenda administrativa e política no Anexo
do Palácio. Lula quer pegar o avião e rodar o País para tocar e fiscalizar os
programas sociais. Agenda do Congresso ficaria a cargo de político de bom
trânsito suprapartidário – cogita-se Márcio França (PSB), seja eleito ou não
senador. Falta só combinar com o eleitor de Jair Bolsonaro, que pode surgir
colado no petista dia 3 de outubro, segundo os institutos de pesquisas. O
presidente tem subido nas sondagens e pode aparecer colado em Lula.
Olho
nele
Economista
e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no Governo de
Lula, de 2003 a 2005, e hoje diretor-presidente do Insper, Marcos Lisboa é o
nome do petista para a Economia se vencer a eleição. Mas só alguns poucos da
turma da Av. Faria Lima sabem. O que tem atrapalhado o PT no apoio de grandes
empresários na campanha. O staff de Lula começou a espalhar isso.
Vices
escondidos
Há
um cenário curioso na campanha. Bolsonaro e Lula estão escondendo seus vices –
ou pelo menos, não lhes soltam mais à vitrine que merecem. O Brasil já sabe a
importância de conhecer o perfil de um candidato a vice desde os tempos da
posse de Itamar Franco. No caso dos presidenciáveis, o que mais consta entre
congressistas é: Lula tem receio de que Alckmin lhe faça sombra, e Bolsonaro o
medo de a população associar demasiadamente o linha-dura Braga Netto às Forças
Armadas e à famigerada expressão golpe militar. Braga e Alckmin têm seguido uma
tímida agenda eleitoral.
Lula
da Silva já tem um plano pessoal, se ganhar ou não a eleição. Ele quer retomar
as viagens para dezenas de países, com dois propósitos: limpar sua biografia
após a prisão da Operação Lava Jato, e aparecer como um novo ou ex-estadista
que luta para erradicar a fome no Brasil, almejando o Nobel da Paz.
O
aceno do Papa
Com
as recentes nomeações, o Papa Francisco fez forte aceno aos progressistas da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O agora cardeal Dom Leonardo
Steiner, do Amazonas, um progressista, defende o casamento de homoafetivos. É
sinalização também de que o Vaticano terá olhar atento e mais voz nas questões
do meio ambiente.
Pedido
é de Mattar
O
empresário do setor de locações de veículos e ex-ministro Salim Mattar aparece
como um dos maiores doadores de campanhas este ano. Ele tem doado em especial
para candidatos a deputado federal, com a condição de que o beneficiário apoie
o Projeto de Lei que libera venda de medicamentos em supermercados.
(*)
Leandro Mazzini é jornalista, escritor e pós-graduado em Ciência Política pela
UnB. Iniciou carreira em 1994 e passou pelo Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil,
Correio do Brasil, Agência Rio, entre outros. O blog é editado por Mazzini com
colaboração de Walmor Parente e equipe de Brasília, Recife e São Paulo.
Artigo publicado, originalmente, no portal ndmais (Link)
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