DEBATE REDE BAHIA: Farpas pessoais entre João Roma e ACM Neto marcam 2º bloco do debate da Rede Bahia

Foto reprodução - Rede Bahia 

O deputado federal João Roma (PL) e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), trocaram duras ofensas pessoais durante o segundo bloco do debate da Rede Bahia, ocorrido na noite desta terça-feira (27). Roma foi chefe de gabinete de Neto durante a gestão do antigo amigo na prefeitura da capital.

O confronto começou após ACM Neto perguntar a Roma sobre propostas para o desenvolvimento industrial na Bahia. O parlamentar respondeu criticando os grupos políticos petista, representado nestas eleições por Jerônimo Rodrigues (PT), e carlista, representado por Neto no pleito. Para o deputado, os dois lados têm o aumento de tributos como principal política.

“A oportunidade para você, baiano, é exatamente sair dessa política do atraso. Não são apenas 16 anos. São dois grupos que se revezam no poder no estado da Bahia e tem, por hábito, aumentar os impostos e pesar isso no pescoço do cidadão. É por isso que a Bahia está ficando para trás”, criticou Roma.

ACM Neto então respondeu acusando João Roma de deslealdade, trazendo para o debate revelações da vida pessoal de ambos, que foram amigos por aproximadamente 20 anos.

“João Roma, você tem na sua marca de vida, como característica principal, a deslealdade e a sede de poder. Você foi meu amigo por 20 anos. Vocês estão vendo ele me criticar? Eu garanto que você, que está aí do outro lado, não faz ideia que essa mesma pessoa me convidou para ser padrinho da filha dele. Eu não queria entrar nesse tipo de assunto. Mas imagine: você, quando tem um filho e vai batizar, a gente escolhe para padrinho a pessoa que a gente mais gosta. Pois é: eu sou padrinho da filha dele”, afirmou Neto.

A fala do ex-prefeito de Salvador irritou Roma, que pediu respeito por sua família e revelou bastidores do momento em que foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro da Cidadania.

“Queridas amigas e amigos, de deslealdade entende ACM Neto. Imagine: eu passei 20 anos limpando o chão para esse cidadão. Na hora que apareceu para eu ser ministro, ele simplesmente mandou uma pessoa no governo para dizer que podia ser qualquer um, menos o querido amigo dele, o compadre João Roma. E, se o senhor não respeita a sua família, respeite a minha família, que eu tenho muito valor”, cutucou Roma.

“O senhor não sabe se é carne ou se é peixe, não tem posições definidas. Tem apenas a sua sanha pelo poder. Permanente sanha pelo poder. Não é possível que a Bahia vai se deixar levar por essa conversa bonita. Não! Não vai ser conversa bonita nem tapinha nas costas que vai levar o povo baiano na conversa”, concluiu o deputado.

ACM NETO COMO ALVO

O candidato Jerônimo também aproveitou seu tempo de fala, em resposta a João Roma, para criticar ACM Neto, apontando os problemas das gestões carlistas que antecederam o PT no governo da Bahia.

"Ex-prefeito, vocês ficaram 40 anos no governo: não cuidou das estradas, não cuidou da segurança pública, fez um hospital, não fez policlínica. Eu sou professor, ex-prefeito, e em 2005 e 2006, nós não tínhamos nem giz, nem retroprojetor em sala de aula", disse Jerônimo sobre os governos do grupo político de ACM Neto.

"Aproveito para dialogar com os estudantes, para parabenizar o esforço feito pela rede estadual. Foi muito grande. Eu fiquei 3 anos na Secretaria e, nas duas avaliações do IDEB, nós tivemos sucesso nas duas. Mas o senhor não reconhece o papel e o lugar dos professores, porque você não valoriza esses profissionais", continuou o petista.

Kleber Rosa (PSOL) foi outro que fez duras críticas ao ex-prefeito, pedindo que a prefeitura de Salvador, governada pelo grupo político de ACM Neto há quase 10 anos, assuma a responsabilidade pelo combate à violência na cidade.

"Nós sabemos que a capital do nosso estado tem um potencial turístico fantástico e que hoje é prejudicada por ser a capital da violência no Brasil. E ele [ACM Neto] diz que não é responsabilidade dele. Claro que é responsabilidade dele! Ele pegou a Guarda Municipal com 1600 guardas e prometeu que ia entregar 3500 guardas, mas entregou para o sucessor dele com 1200. Ele se utiliza de quase 1000 policiais militares para fazer o papel de Guarda Municipal nos órgãos públicos. O prefeito tem responsabilidade grande sobre a Segurança Pública e é o responsável em grande medida pelo que acontece hoje em Salvador", apontou Rosa.

Com informações do Bahia Notícias

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