O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como "eleitoral" a PEC (Proposta de Emenda à Constitucional) que concede uma série de benefícios sociais, aprovada na quinta-feira (30) no Senado, e acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar "comprar o povo". Lula e Bolsonaro são pré-candidatos à eleição em outubro.
"Bolsonaro
sabe que o problema dele é o povo brasileiro. É por isso que ontem ele mandou
várias medidas para aumentar o auxílio emergencial que era uma reivindicação
da oposição no valor de R$ 600... aumentar o vale-gás, dar um auxílio para os
motoristas autônomos... O povo tem que pegar o dinheiro, mas não é isso que vai
resolver o problema, porque tudo isso acaba em dezembro", disse Lula, durante
entrevista à Rádio Metrópole.
"Na
verdade, o projeto que ele mandou é um projeto eleitoral. Ele acha que pode
comprar o povo. Ele acha que o povo é um rebanho. Ele acha que o povo não
pensa. Ele acha que o povo vai acreditar em mentira. E não vai. Chega. Ele vai
deixar a Presidência da República porque uma coisa chamada 'povo brasileiro'
vai para a urna eletrônica dizer 'chega'", completou, na sequência.
O
Senado aprovou ontem a PEC que cria o vale-caminhoneiro de R$ 1.000, aumenta o
vale-gás para R$ 120 e o Auxílio Brasil para R$ 600, além de dar outros
benefícios. Na proposta, há um artigo estabelecendo o estado de emergência no
Brasil, em função da alta dos preços dos combustíveis. Isso abre espaço para a
liberação de recursos em ano eleitoral. O custo de todas as ações é de R$ 41,25
bilhões. O texto segue para votação na Câmara dos Deputados.
Apesar
de serem polêmicas, as medidas foram aprovadas quase por unanimidade pelos
senadores, inclusive a base de oposição, entre eles, os parlamentares do PT (Partido
dos Trabalhadores), sigla a qual pertence Lula.
Apenas
o José Serra (PSDB-SP) foi contrário à proposta nos dois turnos de votação. Ele
afirmou que a PEC é eleitoreira e compromete as contas públicas do país.
OPOSIÇÃO
DIZ QUE NÃO PODE SER CONTRA AUXÍLIOS
Para
o presidente do PDT, Carlos Lupi, a PEC é oportunismo eleitoral, mas não havia
como votar contra, conforme relatou Chico Alves, colunista do portal UOL.
"É
uma questão de oportunismo eleitoral. Por que só agora? Não votamos contra
porque a proposta atende aos mais necessitados. Nossa oposição é a Bolsonaro,
não aos pobres", afirma Lupi.
A
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que fica "difícil votar contra os
benefícios quando o povo está sofrendo". "Criticamos a PEC porque ela
é de emergência eleitoral, isso sim. Se tivessem preocupação com o povo, já
teriam tomado medidas antes", afirma a presidente do PT na coluna de
Alves.
Gleisi
diz continuar a considerar "um horror" a proposta, mas que diante da
crise qualquer coisa ajuda. "Para quem está sem dinheiro, R$ 200 a mais de
auxílio já é alguma coisa, mas do ponto de vista estrutural não resolve, não é
sustentável", diz a deputada.
Com informações da Folha de São Paulo
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