Pré-candidata
à Presidência pelo MDB, a senadora Simone
Tebet defendeu seu nome como o representante do partido para a
eleição, rebatendo o posicionamento de lideranças da sigla no Nordeste que já
manifestaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) já no primeiro turno. As informações são de Levy
Teles/Estadão.
“É
até demérito diminuir o MDB a Eunício
Oliveira (MDB-CE) e Renan
Calheiros (MDB-AL)”, disse a senadora em sabatina realizada pelo Correio
Braziliense nesta terça-feira, 31. “O MDB é maior que esses nomes.”
Petistas
pretendem atrair o chamado “velho MDB”, formado por nomes como José Sarney,
Renan e Jader Barbalho, para tentar neutralizar a ala bolsonarista do partido,
concentrada nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em abril, Lula participou
de um jantar com senadores na casa de Eunício Oliveira, em Brasília. Lideranças
do MDB usaram o encontro para pressionar a sigla a apoiar o petista já no
primeiro turno.
Na
sabatina, Tebet reiterou a pré-candidatura veio da base do partido, mas que
respeitará os palanques regionais, fator que pode ser importante para definir o
apoio do PSDB à sua candidatura.
“É
uma questão tratada com Baleia
Rossi (presidente nacional do MDB) e Bruno
Araújo (presidente nacional do PSDB)”, diz a senadora. “Acredito que
aqueles grandes companheiros vão se somar ao nosso projeto de Brasil acima de
interesses pessoais ou partidários.”
Emedebistas
negociam com tucanos em diferentes Estados para garantir o apoio. O Rio Grande
do Sul, do ex-governador tucano Eduardo
Leite, é uma das zonas em que Simone Tebet atua. “Somos parceiros lá e nada
impede que sejamos de novo. Confio na capacidade de buscar uma alternativa
melhor”, afirmou. Ela espera que a questão seja resolvida até a próxima semana.
Durante
a sabatina, Simone propôs a formação de um “novo Bolsa Família” no lugar do
Auxílio Brasil, se posicionou contra a privatização da Petrobras e defendeu uma
política de créditos extraordinários para subir a alta dos combustíveis a curto
prazo. “O que é mais importante, gasolina barata ou orçamento secreto?”,
questionou.
A
pré-candidata ainda defendeu políticas do governo Temer como o novo Ensino
Médio nas escolas e o teto de gastos. Para ela, o teto conteve maiores gastos
por parte da Câmara dos Deputados, como o chamado “Pix orçamentário”, usado para financiar shows em campanha eleitoral, como
revelou o Estadão nesta terça-feira.
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