Lula (PT) Alexandre Kalil(PSD)
Os
petistas de Minas Gerais já não contam com a possibilidade de um acordo
costurado localmente com o PSD para sacramentar o palanque do
ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. As informações são de Fabio Spechoto/Poder360.
A
expectativa é que a negociação agora seja entre os dirigentes nacionais dos 2
partidos. Não haveria mais o que fazer em nível estadual.
O
PT nacional se interessa pela negociação em solo mineiro porque o Estado tem
15,7 milhões de eleitores. Só São Paulo é mais importante para a eleição
presidencial.
Lula
e o pré-candidato do PSD ao governo de Minas Gerais, Alexandre
Kalil, ensaiam uma aliança. Mas há uma disputa por espaço entre as legendas impedindo o
acerto de sair.
O
PT quer lançar o deputado federal Reginaldo
Lopes, líder do partido na Câmara, como candidato a senador.
O
presidente do PSD mineiro, senador Alexandre
Silveira, também quer disputar o cargo e não aceita que o PT lance
Reginaldo nem se a Justiça Eleitoral liberar 2 candidatos ao cargo na mesma
chapa.
A
hipótese de uma aliança informal entre Lula e Kalil também tem pouco apelo. Sem
PT e PSD coligados no Estado, o Kalil teria menos tempo de TV e,
consequentemente, menos condições de eleger deputados aliados.
O
presidente do PSD, Gilberto
Kassab, não quer dar apoio nem a Lula, nem a Jair
Bolsonaro (PL) no 1º turno.
Seu
partido tem diretórios mais próximos dos petistas e outros mais próximos do
presidente. Apoio a um dos principais pré-candidatos no 1º turno poderia rachar
a legenda.
Kassab
procurou um nome para lançar como candidato ao Planalto, mas o mais provável é
que libere os diretórios estaduais para apoiarem quem preferirem.
O
PT nacional, porém, ainda não desistiu de atrair o PSD. Petistas avaliam propor
a Kassab entrar formalmente na coligação nacional de Lula sem forçar os
diretórios estaduais a apoiarem o ex-presidente.
A
lógica seria assegurar mais tempo de propaganda na TV para Lula sem que os
pessedistas próximos de Bolsonaro precisassem apoiar petista.
Em
contrapartida, o PT toparia ceder espaços ao PSD nos Estados –a própria
candidatura de Reginaldo, nessa hipótese, poderia ser reavaliada.
Lula
esteve em Minas Gerais nesta semana. A expectativa era que lançasse a
pré-candidatura do deputado ao Senado. Mas os petistas maneiraram na retórica para não romper de vez com
Silveira.
Joga
contra o ex-presidente o fato de a bancada federal do PSD mineiro ser
pró-Bolsonaro.
Além
disso, em Brasília, aliados de Bolsonaro estudam um jeito de inviabilizar
definitivamente a aliança Lula-Kalil.
Uma
das formas analisadas é transformar Silveira em líder do Governo no Senado e,
assim, bolsonarizar a chapa do pré-candidato a governador.
Os
petistas, por sua vez, apostam que Kalil só tem chances de vencer o atual
governador, Romeu Zema (Novo), se estiver com seu nome associado ao de Lula.
Os
articuladores da candidatura de Lula querem fechar os apoios ao ex-presidente nos Estados
até o fim de maio.
A
última pesquisa PoderData mostra Lula com 42% das
intenções de voto. Jair Bolsonaro vinha crescendo, mas estacionou nos 35%. A
eleição é em 2 de outubro.
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