Em meio a mudanças de lado, tentativa de fortalecimento das proporcionais e acordos individuais, a janela partidária de 2022 promoveu algumas mudanças entre os deputados federais baianos e deixou o cenário diferente do que foi definido com a eleição de 2018. Oito parlamentares migraram de partido no período e a legenda mais afetada foi o PL, que perdeu três parlamentares. Conforme publicado pelo Bahia Notícias no final de março, apenas Jonga Bacelar permanece na sigla .
A "debandada" inclui os nomes de José Rocha, que migrou para o União Brasil; o pastor Abílio Santana, que foi para o PSC e Raimundo Costa, que desembarcou no Podemos. Na contramão, o Republicanos foi o partido que mais recebeu novos quadros. Foi o caso de Marcelo Nilo, que saiu do PSB após romper relações políticas com o grupo de Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT) e migrar seu apoio para a base de ACM Neto. Nilo inclusive é cotado para assumir a vice do ex-prefeito de Salvador. Seguiu o mesmo caminho o deputado Alex Santana, após deixar o PDT. A saída de Santana da sigla já era esperada desde o ano passado, quando o parlamentar manifestou apoio e votou de acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em projetos no Congresso.
Também trocaram de legenda os deputados Bacelar, do Podemos para o PV; Uldurico Júnior, do PROS para o MDB; e João Roma, do Republicanos para o PL. Roma, no entanto, não deve esquentar a cadeira em sua atuação legislativa e vai se dedicar ao projeto de sua pré-candidatura ao governo da Bahia. De fevereiro de 2021 até o final de março deste ano, João Roma atuava como ministro da Cidadania no governo Bolsonaro e deixou o cargo dentro do período de desincompatibilização.
Apesar das saídas, o PL baiano vai contar com novos membros para a disputa de outubro, todos seguidores de Bolsonaro. O deputado estadual Capitão Alden e o vereador Alexandre Aleluia desembarcaram e devem buscar uma cadeira na Câmara. Na mesma toada, quem também se filiou foi Roberta Roma, esposa do ex-ministro, que vai tentar uma vaga na Casa. Além de Roma, outra que já confirmou a chegada foi a ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, Raíssa Soares, pré-candidata ao Senado.
Os
deputados Uldurico, Abílio e Raimundo Costa fizeram mais de uma troca
partidária durante a legislatura atual, já que foram eleitos, em 2018, pelo
PPL, PHS e PRP, respectivamente. As siglas não atingiram a cláusula de
barreira, promulgada em 2017, e foram incorporadas a outros partidos como uma
alternativa à regra de desempenho. O PPL foi incorporado ao PCdoB, o PHS ao
Podemos e o PRP ao Patriota. A situação do deputado Igor Kannário, eleito
pelo PHS e atualmente no União Brasil, é similar a de Abílio Santana.
Veja a lista de mudanças da
janela partidária 2022 abaixo:
QUEM
DEIXOU O CONGRESSO?
Em relação à bancada baiana eleita em 2018, alguns quadros deixaram a atuação legislativa ao longo da 56ª legislatura. É o caso de Nelson Pelegrino (PT). O deputado se licenciou do mandato para assumir o cargo de secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia até o segundo semestre de 2021, quando foi indicado pela AL-BA a uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA), e posteriormente empossado como conselheiro. A nomeação de Pelegrino abriu espaço para o então suplente Joseildo Ramos, do PT, assumir a cadeira na Câmara em definitivo.
Outro petista também deixou a Câmara ao aceitar convite do governador da Bahia, Rui Costa (PT), para um posto no secretariado estadual. É o caso de Josias Gomes, que assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) mas teve a exoneração publicada no final do mês de março, cumprindo o período de desincompatibilização, e busca a reeleição.
Quem não deve tentar a reeleição é Ronaldo Carletto, do Progressistas. Isso porque o presidente do partido na Bahia e pré-candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto, o vice-governador João Leão, disse em entrevistas recentes que o correligionário será seu suplente na disputa pelo Senado.
POSTO
DE VICE EM ABERTO
Se antes mantinha a esperança de uma indicação para a vice na majoritária de ACM Neto (UB) nas eleições de outubro, o deputado Félix Mendonça Júnior, do PDT, recuou da disputa e anunciou que está focado em trabalhar pela reeleição. O caminho ficou aberto para Marcelo Nilo, mas outros dois parlamentares miram o posto para dar espaço na chapa aos seus partidos. É o caso de Márcio Marinho, que também é do Republicanos e está com o nome à disposição de Neto, e Adolfo Viana, do PSDB. Isso porque, com João Gualberto (PSDB) rifado da disputa, os tucanos tentam "valorizar o passe" do partido e indicar outro nome para a chapa.
A movimentação ocorre após Gualberto, que é prefeito de Mata de São João, não se desincompatibilizar em busca do espaço na majoritária no prazo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que terminou no início do último sábado (2) . Agora, o PSDB defende o nome de Viana, presidente da sigla na Bahia, para o posto .
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