Por: Ricardo Kertzman/Revista Isto È
Luiz
Inácio Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, pode ser tudo, menos
inocente. Ao contrário. Foi condenado duas vezes, e em duas instâncias
diferentes, por corrupção e lavagem de dinheiro, e teve ambas as condenações
ratificadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a prisão autorizada pelo
próprio STF (Supremo Tribunal Federal).
O
que houve, como todos sabem, foi um conjunto espúrio, asqueroso de manobras e
filigranas jurídicos, que culminou na vergonhosa anulação de todos os seus
processos, o que vem abrindo as portas da impunidade para dezenas, senão
centenas de criminosos, muitos deles confessos, que protagonizaram o maior
esquema de assalto do mundo.
Não,
Lula não é nem passa perto de ser um sujeito honesto, injustiçado pelo Estado.
Quem diz isso são as centenas de testemunhas, muitas delas, inclusive,
companheiros históricos, que operaram milhões e milhões de reais, para e a
mando do líder do mensalão e petrolão, como Antonio Palocci e Emílio Odebrecht,
dentre vários outros.
Um
conjunto demolidor de provas incontestáveis teimará para sempre em desmentir os
‘garantistas’, que primeiro soltaram o pai do Ronaldinho dos Negócios da
prisão, para, em seguida, num piscar de olhos, declararem pedalinhos, sítio,
cobertura triplex na praia, caixas de vinhos raros, terreno, planilhas, conta
no exterior, enfim, tudo obra de ficção.
A
última piada de extremo mau gosto a respeito veio sob a forma de um relatório
do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que
concluiu que o chefe petista teve direitos, garantias e deveres violados pela
Lava Jato. É o mesmo Comitê que jamais condenou, por exemplo, o Irã por crimes
contra as mulheres e os gays.
Aliás,
é o Comitê que não enxerga violações na Rússia e na China. Que sistematicamente
condena Israel – a única democracia do Oriente Médio -, e que se recusa a tecer
simples reprimendas aos regimes terroristas palestinos e às demais ditaduras
árabes. Para essa turma, apedrejar mulheres adúlteras e enforcar homossexuais
não é nada muito grave.
É
mentira, portanto, que a ONU tenha inocentado a ‘alma mais honesta deste País’.
É verdade, contudo, que um Comitê mais fajuto que a palavra de Jair Bolsonaro,
o verdugo do Planalto, atribuiu ‘violações de direitos’ à Justiça brasileira.
Nada mais. Como, repito, jamais o STF inocentou o ‘barba’. Dizer o contrário é
o famoso ‘o golpe tá aí, cai quem quer’.
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