Comercialização
de alimentos sem veneno e troca de experiências entre expositores, visitantes e
consumidores são alguns dos objetivos da 1ª Feira Agroecológica de Massaroca e
Região realizada neste sábado (09), a partir das 6h30, na Praça Principal do Distrito
de Massaroca em Juazeiro.
A
feira é um espaço destinado ao escoamento do excedente da produção da
agricultura familiar para consumidores/as que também são da zona rural, mas
que, às vezes, não produzem aquele produto específico. Além disso, esse espaço
fortalece os laços entre as comunidades envolvidas e reforça a importância do
consumo de alimentos saudáveis.
Para
comercializar na feira, o/a agricultor/a deve fazer parte dos grupos,
associações ou cooperativa, produzindo alimentos de origem agroecológica.
"Um alimento limpo, que não utiliza agrotóxicos, que não prejudica a
saúde, que valoriza a qualidade de vida das pessoas e o trabalho das pessoas.
Então, nessa feira agroecológica será encontrado produtos de qualidade,
produtos da agricultura familiar, e você faz um contato direto com os/as
agricultores/as que produzem. É uma aproximação importante, que garante a
segurança alimentar", ressalta o colaborador do Irpaa, Clérison Belém.
Clérison
também reforça o diferencial da feira agroecológica. "As pessoas sabem de
onde está vindo, a qualidade daqueles alimentos. Isso garante um êxito na
feira, porque o consumidor, quando vai no supermercado, mercadinho, não sabe a
origem daquele produto que está ali na prateleira, na gôndola. E na feira
agroecológica tem esse diferencial, porque existe o critério da produção
agroecológica, em que um agricultor também é o fiscal do outro, então eles
mesmo sabem qual produto e qual produtor pode comercializar nesta feira".
A
presidente do Comitê das Associações de Massaroca e cooperada na Cooperativa
Agropecuária Familiar de Massaroca e Região (Coofama), Jousivane Santos, fala
sobre a preparação para realização da feira "Nós estamos muito empolgadas,
estamos nos reunindo, fazendo a preparação do ambiente, da exposição, do
encontro com as pessoas. Vamos conversar, comercializar e trocar (alimentos).
Às vezes, a gente não chega a comercializar no mA comercialização de alimentos
orgânicos, produzidos com base na agroecologia, possibilita que as pessoas
consumam alimentos de qualidade, sem veneno, que são tão prejudiciais à saúde,
e defendidos pelo Governo Federal, como relembra Jousivane "O agrotóxico
tomando conta do mundo, o governo dando aval para que isso cresça, sem nenhum
pingo de preocupação com a nossa saúde, com a vida das pessoas, com a vida do
ambiente".
Em
contrapartida à posição do Governo Federal e ao Projeto de Lei (PL) nº
6299/2002, aprovado em fevereiro deste ano pela Câmara dos Deputados, que
facilita a abertura do mercado para novos agrotóxicos, ou seja, mais veneno na
comida do povo brasileiro, a agricultora Ana Lucia Santos, da comunidade Lagoa
do Meio, em Massaroca, destaca a importância de produzir alimentos sem veneno.
"Porque a gente está respeitando a vida, a saúde, pensando tanto na nossa
saúde, como nas pessoas que vão consumir esses produtos. Como também, o
cuidado, a forma como a gente produz, o cuidado com a terra, o solo, com a
nossa água, com o meio ambiente em si".
Ana
Lucia que produz alimentos com base na agroecologia vai comercializar na feira:
galinha de capoeira, maracujá do mato, limão e doce de leite caseiro em calda.
Além da comercialização dos produtos contribuírem para a renda da família, a
agricultora frisa que "A gente precisa expandir a nossa produção
orgânica/agroecológica. Também para fazer esses produtos chegarem ao maior
número de consumidores. Levá-los para dentro do distrito vai ser importante
para as pessoas se conscientizarem e conhecerem também a diferença entre o
produto na produção orgânica/agroecológica e convencional".
Além
da feira, pensada para acontecer uma vez por semana, está sendo construído um
quiosque no distrito de Massaroca à beira da BR 407, voltado à comercialização
dos produtos da Coofama e dos/das agricultores/as da região durante a semana,
servindo também como ponto de entrega de encomendas da agricultura familiar.
Nesse sentido, o colaborador do Irpaa, Clérison Belém, fala sobre a importância
da diversificação de espaços de comercialização para os/as agricultores/as
"Então, a gente pensa num trabalho de rede, no trabalho integrado, em que
o objetivo final é as famílias comercializarem os produtos de maneira
solidária, que possa comercializar nos mercados de ciclos curtos, nas feiras,
no porta a porta, nas encomendas e também nos mercados que podem ser um dos
consumidores".
A
1ª Feira Agroecológica de Massaroca e Região é resultante de um processo de
assessoria técnica realizada pelo Irpaa, através do projeto Pró-Semiárido
executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de
empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento
Agrícola (Fida).
Com
informações do Eixo Educação e Comunicação do IRPAA
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