BASTIDORES DA POLÍTICA BAIANA: ACM Neto usa 'cota de amigo' para segurar definição da vice

Foto divulgação

Por: Fernando Duarte/Bahia Notícias

Quem ocupará a cadeira de vice na chapa de ACM Neto ao governo da Bahia? Para os eleitores, essa resposta pode não ser tão importante, mas a classe política debate e especula intensamente qual será a estratégia do ex-prefeito da capital baiana. Mesmo encerrada a janela partidária, ACM Neto não joga contra as cordas e cozinha em banho-maria os aliados, enquanto aguarda a poeira baixar após idas e vindas no grupo dele e também do lado adversário.

Do lado de Jerônimo Rodrigues (PT), sacar Geraldo Jr. (MDB) do núcleo de apoio a Bruno Reis foi um contragolpe simbólico relevante, no contexto em que o candidato do União Brasil levou João Leão e o PP para a oposição. No entanto, a chapa não contemplou, por exemplo, mulheres e foi imposta a alianças mais antigas, como PCdoB e PSB. Para a sorte dos governistas, as duas legendas não têm musculatura suficiente para questionar radicalmente. No máximo falar com a imprensa em tom de muxoxo, algo facilmente superável nas relações.

Já ACM Neto deixa em aberto quem ocupará essa vaga ao seu lado. O abandono de Félix Mendonça Jr. (PDT) de estar no páreo não fez vida fácil para Republicanos e PSDB, as duas principais legendas na disputa. O PSDB foi obrigado a substituir o nome apresentado até então, após perceber o risco que seria a renúncia de João Gualberto da prefeitura de Mata de São João e o potencial não aproveitamento dele como vice. Apareceu o nome de Adolfo Viana, que não tende a ser viável politicamente, mas demarca posição.

O Republicanos deu um exemplo de lealdade ao projeto do ex-prefeito de Salvador após optar por não dar legenda a João Roma, o candidato de Jair Bolsonaro ao governo, que se viu obrigado a se filiar ao PL para disputar o pleito. Em outra sinalização, recebeu Marcelo Nilo como um potencial nome, depois que ele trocou de lado. Ou seja, contempla os interesses do grupo coordenado por ACM Neto. Com o adicional de um acordo nacional, que teria assegurado a cadeira para a sigla.

Porém, ao ser questionado sobre a vice, o secretário-geral do União Brasil sempre opta por tangenciar. Como já foi escrito e dito, o histórico dele em 2012 (alguém lembra de Célia Sacramento?) mostra que a possibilidade de uma surpresa não é completamente descartada. A partir desse fator ACM Neto tenta percorrer as cordas sem se comprometer com aliados. Tanto que, durante a semana passada, até o nome da vereadora Cris Correia (PSDB) surgiu como uma opção. Imagina se o ex-prefeito escolhe uma mulher negra para a vaga?

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