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Da Redação
Após forte alta com repasse dos mega-aumentos
promovidos pela Petrobras há duas semanas, os preços da gasolina e do diesel
recuaram nos postos brasileiros esta semana, segundo a ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás e Biocombustíveis). As informações são de Nícolas Pamplona/FolhaPress.
A
gasolina caiu 0,8%, para um preço médio nacional de R$ 7,210 por litro. O maior
preço detectado pela ANP foi R$ 8,949 por litro, em Jequié (BA). Na semana
passada, o valor mais alto havia sido visto em Balsas (MA), com R$ 8,399.
O
diesel teve queda de 1,3%, para R$ 6,564 por litro. A ANP encontrou o
combustível sendo vendido a R$ 7,970 por litro em Balsas (MA). É mais baixo do
que os R$ 7,980 verificados na semana anterior em Ilhéus (BA).
Já
o gás de cozinha subiu 0,6%, para R$ 113,24 por botijão de 13 quilos. O produto
foi encontrado ao preço máximo de R$ 160 em Rio Branco (AC). É o mesmo valor
detectado na semana anterior em Sinop (MT).
A
alta reflete ainda repasses dos mega-aumentos anunciados pela Petrobras há duas
semanas, quando os preços de venda de gasolina, diesel e gás de cozinha em suas
refinarias foram elevados em 18,8%, 24,9% e 16,1%.
Na
primeira semana após os reajustes, os preços da gasolina e do diesel haviam
subido 8,7% e 14,4%, respectivamente, nos postos brasileiros.
A
escalada dos preços dos combustíveis gerou novas pressões por mudanças na
política de preços da Petrobras e se transformou em um foco de atrito entre o
presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da estatal, o general Joaquim
Silva e Luna.
O
governo anunciou nas últimas semanas propostas para tentar reduzir os preços,
como a isenção de impostos federais sobre o diesel, ainda não implementada, e
do imposto de importação sobre o etanol anidro, que é misturado à gasolina.
Essa
segunda medida, porém, tem impacto quase nulo no preço de bomba, já que apenas
uma pequena parcela do consumo nacional de etanol anidro é abastecida por
produtos importados.
Segundo
cálculo do consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação de
combustíveis, o repasse da isenção no cenário atual representaria uma economia
média de apenas R$ 0,004 no litro da gasolina.
Também
após os reajustes, o governo conseguiu aprovar no Congresso a mudança no
sistema de cobrança do ICMS, estabelecendo uma alíquota única em reais por
litro em todo o país.
Nesta
quinta (25), porém, os estados aprovaram uma alternativa que dribla a
unificação do imposto, ao estabelecer uma alíquota máxima de R$ 1,006 por litro
com a possibilidade de descontos.
Assim,
cada estado deve dar desconto equivalente à diferença entre a alíquota máxima e
o valor que cobra hoje de imposto, mantendo a alíquota no mesmo patamar de
antes da lei.
Segundo
a ANP, o preço do etanol hidratado subiu 0,3% esta semana, para R$ 4,952 por
litro. Já o GNV (gás natural veicular) ficou praticamente estável em relação à
semana anterior, em R$ 4,750 por metro cúbico.
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