Da redação
Na manhã desta 6ª feira (25), forças
do grupo jihadista Houthi, do Iêmen, atacaram uma refinaria em Jidá, 2ª maior
cidade da Arábia Saudita. O local foi destruído por mísseis lançados Pertence à empresa Saudi Aramco, maior
petrolífera do mundo e principal fonte de receita para o governo saudita. As informações são do uol.
O atentado ocorreu a cerca de 10 quilômetros do circuito de rua de Jidá, onde será realizado neste domingo (27), a 2ª prova da temporada 2022 da Fórmula 1. Os treinos na pista nesta 6ª feira (25) foram adiados por conta do
bombardeiro iemenita.
Os mísseis foram disparados por drones, alguns posteriormente abatidos por caças sauditas. Apesar disso, o ataque foi bem-sucedido. O fogo tomou a refinaria durante o início da tarde em Jidá. Usuários compartilharam nas redes sociais registros do incêndio e da intensa fumaça no local, vista de diversos pontos da cidade.
Uma imagem compartilhada pela revista Motorsport Week mostrou a distância da refinaria para o circuito.
Em reunião as equipes da Fórmula 1 com decidiram, nesta 6ª feira (22), manter o grande prêmio, mas deu liberdade para as montadoras deixarem o país com a possibilidade de novos ataques, rechaçada por Riade. Os pilotos se reúnem esta noite para discutir a continuação das atividades.
GUERRA
ARÁBIA SAUDITA X IÊMEN
Os
2 países do golfo pérsico estão em conflito desde março de 2015, quando forças
sauditas iniciaram uma intervenção militar após a tentativa de golpe de estado
contra o presidente iemenita Abdrabbuh Mansur Hadi em setembro de 2014. Até
hoje, a capital Saná está sob posse do movimento Houthi, organização xiita com
apoio do Irã, que nega envolvimento na guerra.
A
coalizão saudita que invadiu o Iêmen era formada por 9 países do Oriente Médio
e do norte da África. Atualmente, 5 nações da região ainda apoiam Riade no
confronto, incluindo o Bahrein e os Emirados Árabes, 2 países que também
recebem provas de Fórmula 1. O GP bareinita foi realizado no último domingo
(20.mar), já o de Abu Dhabi está marcado para dezembro, encerrando a temporada.
Decorridos
7 anos de guerra, os Houthis ainda mantêm o domínio de aproximadamente 20% do
território do Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio. A área corresponde ao
que já foi o Iêmen do Norte, fundido em 1990 com o Iêmen do Sul. A ONU
(Organização das Nações Unidas) não reconhece a autonomia Houthi na região.
A maior parte do Iêmen é controlado pelo governo de Mansur Hadi. A administração tem o apoio dos Estados Unidos, aliado da Arábia Saudita no conflito. O Executivo se concentra em Adem, capital temporária reconhecida pelas autoridades internacionais. São mais de 100 mil iemenitas mortos desde o início da guerra civil, em 2014. Mais de 10% foram em ataques sauditas.
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