ALIANÇA: Biden dá novo sinal de apoio a Taiwan e anuncia envio de uma delegação à ilha

 

Exercício militar de Taiwan realizado em junho de 2020 (Foto: Wkimedia Commons)

A invasão da Ucrânia pela Rússia colocou em alerta Taiwan, que luta para ter reconhecida sua independência enquanto é reivindicada pela China como parte de seu território. Em meio aos temores de que Beijing venha a emular os russos e invadir a ilha, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou nesta segunda-feira (28) o envio a Taipé de uma delegação composta por oficiais do setor de defesa. As informações são do jornal Taiwan News.

A comitiva é liderada pelo ex-presidente do Estado-Maior Conjunto Mike Mullen, almirante aposentado da marinha que serviu como principal oficial militar dos EUA sob os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama. Ele terá as companhias de Meghan O’Sullivan, ex-vice-conselheira de segurança nacional de Bush, e Michele Flournoy, ex-subsecretária de Defesa de Obama.

A visita ocorre dias depois de Washington enviar um navio de guerra que no sábado (26) passou pelo Estreito de Taiwan, manobra que Beijing classificou como “provocativa”, segundo a agência Reuters.

“O trânsito do navio pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto”, disse o porta-voz da 7ª Frota, Nicholas Lingo, em comunicado. “Os militares dos Estados Unidos voam, navegam e operam em qualquer lugar que a lei internacional permita”.

A comitiva norte-americana, que permanecerá em Taiwan por um dia, terá um encontro com a presidente da ilha, Tsai Ing-wen, e com o ministro da Defesa taiwanês, Chiu Kuo-cheng.

A invasão da Ucrânia pela Rússia aqueceu o debate em torno da posição dos EUA em relação a Taiwan, com críticas à “ambiguidade estratégica” de Washington, que é o mais importante aliado da ilha, embora oficialmente a reconheça como território chinês.

Alguns legisladores norte-americanos, entre eles o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, o democrata Adam Schiff, cobram maior clareza do governo quanto à obrigação de defender militarmente a ilha em caso de um eventual ataque de Beijing.

A China, que tem se aproximado da Rússia, não condenou o ataque à Ucrânia, embora tenha em Kiev um importante parceiro comercial através da Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative, da sigla em inglês BRI).

Por que isso importa?

Taiwan é uma questão territorial sensível para os chineses. Relações exteriores que tratem o território como uma nação autônoma estão, no entendimento de Beijing, em desacordo com o princípio defendido de “Uma Só China“, que também encara Hong Kong como parte do território chinês.

Diante da aproximação do governo taiwanês com os Estados Unidos, desde 2020 a China tem endurecido a retórica contra as reivindicações de independência da ilha.

Embora não tenha relações diplomáticas formais com Taiwan, assim como quase todos os demais países, Washington é o maior financiador internacional e principal fornecedor de armas da ilha, o que causa imenso desgosto a Beijing, que tem adotado uma postura belicista na tentativa de controlar a situação.

Jatos militares chineses passaram a realizar exercícios militares nas regiões limítrofes com Taiwan e habitualmente invadem o espaço aéreo taiwanês, deixando claro que a China não aceitará a independência do território “sem uma guerra“.

Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

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