Um
ataque suicida a bomba matou ao menos 13 pessoas no sábado (19) na cidade de
Beledweyne, região central da Somália,
a cerca de 340 quilômetros da capital nacional Mogadíscio. A ação ocorreu em um
restaurante que estava cheio no momento da explosão, com funcionários do
governo e políticos locais entre os clientes. As informações são da agência
catari Al
Jazeera.
“Vi
cadáveres de várias pessoas e não pude contar quantos feridos foram levados às
pressas para o hospital”, disse Mahad Osman, que estava perto do local e
testemunhou a explosão. “Algumas dessas pessoas estavam esperando que suas
refeições chegassem enquanto aproveitavam o clima fresco quando a explosão
ocorreu”.
O
Al-Shabaab, grupo extremista ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo
ataque, de acordo com o SITE Intelligence Group, que monitora grupos
armados. As autoridades somalis acreditam que a ação dos jihadistas tenha
relação com o pleito
parlamentar, que ocorre no país até 25 de fevereiro, para depois ser
realizada a eleição presidencial.
Inclusive,
entre os mortos estão dois vice-comissários distritais, de acordo com o oficial
de polícia Mohamud Hassan. “Este foi o ataque mais mortal que me lembro nesta
cidade.”
O
mandato do atual presidente, Mohamed Abdullahi Farmaajo, venceu no dia 8 de
fevereiro de 2021, e até hoje o substituto não foi escolhido. Por isso, o país
sofre forte pressão de seus aliados, entre eles os Estados Unidos, para iniciar
o processo eleitoral.
Por
que isso importa?
O
Al-Shabaab chegou a controlar a capital Mogadíscio até 2011, quando foi expulso
de lá pelas forças da União Africana. Atualmente, controla territórios nas
áreas rurais da Somália e luta para derrubar o governo nacional.
O
grupo concentra seus ataques no sul e no centro do país. As atividades envolvem
ataques a órgãos e oficiais do governo e a entidades de ajuda humanitária, além
de extorsão contra a população local e proteção de terroristas internacionais
que se escondem no país.
Dados
apontam que os extremistas estiveram em mais de 400 episódios
violentos no país entre julho e setembro do ano passado – o maior
número desde 2018.
O
confronto, porém, atualmente pende para o lado do exército. O objetivo dos
militares é reconquistar territórios vitais para a economia do país, numa
ofensiva comandada pelo general Odowaa Yusuf Rageh. Em
determinadas missões, ele faz questão de liderar pessoalmente os
militares.
No
Brasil
Casos
mostram que o Brasil é um porto seguro para
extremistas. Em dezembro de 2013, levantamento do site The Brazil
Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas
no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica,
Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em
2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em
2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.
Mais
recentemente, em dezembro de 2021, três
cidadãos estrangeiros que vivem no Brasil foram adicionados à lista de
sanções do Tesouro Norte-americano. Eles são acusados de contribuir para o
financiamento da Al-Qaeda, tendo inclusive mantido contato com figuras
importantes do grupo terrorista.
Para
o tenente-coronel do Exército Brasileiro André Soares, ex-agente da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência), o anúncio do Tesouro causa “preocupação
enorme”, vez que confirma a presença do país no mapa das organizações
terroristas islâmicas.
“A
possibilidade de atentados terroristas em solo brasileiro, perpetrados não
apenas por grupos extremistas islâmicos, mas também pelo terrorismo
internacional, é real”, diz Soares, mestre em operações militares e autor do
livro “Ex-Agente Abre a Caixa-Preta da Abin” (editora Escrituras). “O Estado e
a sociedade brasileira estão completamente vulneráveis a atentados
terroristas internacionais e inclusive domésticos, exatamente em razão da total
disfuncionalidade e do colapso da atual estrutura de Inteligência de Estado
vigente no país”.
fonte: A Referência
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação
Postar um comentário