O
número de mortos pelas fortes chuvas que causaram alagamentos, desmoronamentos
e deslizamentos de terra em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na
semana passada, chegou a 176, de acordo com a Defesa Civil nesta segunda-feira,
o que faz desta a maior tragédia já vivida pela cidade. As informações são de
Rodrigo Viga Gaier- (Reuters)
A
contagem das vítimas fatais deve aumentar ainda mais, já que as equipes de
resgate ainda buscam por mais de 110 pessoas desaparecidas, segundo
autoridades.
A
situação de moradores que ainda aguardavam informações sobre amigos e parentes
desaparecidos era descrita como um pesadelo. Diversas pessoas perderam vários
membros da família após a devastação provocada pelas chuvas na cidade, com
casas destruídas e entulho espalhado pelas ruas.
"Moro
aqui há 16 anos. Perdi minha mãe de 83 anos, uma sobrinha de 13 anos, uma de 11
e um sobrinho de 6 anos. Essa sobrinha de 13 ainda está soterrada. Estou
vivendo um pesadelo", disse Iva Machado, de 62 anos, moradora da cidade.
"Não
tenho condição de morar aqui de novo. Meu emocional e meu psicológico não
aguentam. Não tenho para aonde ir. Minha casa não foi atingida, mas têm pedras
que podem rolar e estamos em pânico. Depois disso tudo, me tornei uma
morta-viva."
Diante
da magnitude da tragédia, uma das maiores da história da cidade, o governo do
Estado do Rio recebia ajuda de outros Estados para auxiliar nos trabalhos de
resgate das vítimas.
Membros
dos Corpo de Bombeiros de Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Santa
Catarina e São Paulo atuam na cidade em conjunto com os bombeiros fluminenses
usando cães farejadores para auxiliar nas buscas.
Nos
próximos dias, bombeiros do Paraná, Tocantins, Sergipe, Paraíba, Distrito
Federal, Mato Grosso, Alagoas e Rio Grande do Sul também devem chegar à cidade
para reforçar os trabalhos.
Segundo
o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para Petrópolis para
esta segunda-feira era de tempo nublado com pancadas de chuvas isoladas, o que
pode prejudicar os esforços de resgate na cidade.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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