O
ministro Edson Fachin tomou posse na noite desta terça-feira (22/2) da
Presidência do TSE. Em seu discurso, exaltou a gestão de seu antecessor,
ministro Luís Roberto Barroso, e prometeu ser implacável na defesa da Justiça
Eleitoral..
"Meu
sincero reconhecimento pela patriótica dedicação, pelo zelo, pela empatia, pela
sinergia com que se houve todos os dias, todas as horas, em todos os momentos,
nos exemplares afazeres na chefia máxima da Justiça Eleitoral", afirmou o
novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
O
também ministro do Supremo Tribunal Federal destacou o colega Alexandre de
Moraes, que vai ocupar a vice-presidência do TSE durante a sua gestão. "A
experiência e o conhecimento de vossa excelência pavimentam o percurso a ser
percorrido e começamos hoje a quatro mãos", completou.
O
novo presidente da Corte também pregou a necessidade de buscar a paz e o
diálogo para manter a serenidade nas eleições presidenciais de 2022 e alertou
para os efeitos nocivos das fake news no processo eleitoral. Afirmou que cabe
às lideranças e instituições repelir a cegueira moral e incentivar a
elevação do espírito cívico e condutas de boa-fé e respeitosas.
"A
democracia, casa acolhedora do plural, tem espaço suficiente para todas as
cosmovisões. Estende liberdades a todos e a todas: o conservador democrata, o
liberal democrata, o progressista democrata, o centrista democrata,
independentemente das diferentes convicções que levam no coração, preservarão,
juntos, a prerrogativa constante à correção de rumos, que a rigor corresponde a
não desistir de melhorar o país", disse.
Fachin
defendeu o respeito ao resultado das urnas e prometeu ser implacável na defesa
da história da Justiça Eleitoral.
Por
fim, afirmou que, em sua gestão, vai priorizar a transparência e a defesa da
integridade do processo eleitoral; o diálogo nas relações interinstitucionais,
inclusive perante a comunidade eleitoral internacional; e a formação de
alianças estratégicas com entidades genuinamente interessadas na preservação da
democracia.
Contexto difícil
Fachin toma posse em um momento de tensão entre o Executivo e o Judiciário. O
sistema eleitoral brasileiro vem sendo atacado pelo presidente Jair Bolsonaro e
seus apoiadores sistematicamente desde o ano passado.
Em
dos picos de tensão entre os Poderes, o TSE teve que desmentir em tempo real
informações falsas e ilações que colocavam em xeque a integridade do sistema
eleitoral feitas pelo presidente em uma live.
Antes,
o mandatário já havia feito reiterados ataques ao então presidente do TSE,
ministro Luís Roberto Barroso. Na ocasião, Barroso divulgou nota em
que chama de "lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo" as
declarações do chefe do Executivo.
Chamado de "idiota" e "imbecil" por
Bolsonaro durante encontro com fãs de cercadinho em julho de 2022, em Brasília,
Barroso também disse à ConJur que não vai parar para "bater
boca". "Mas eleição vai haver, eu garanto", disse, rebatendo a
ameaça feita pelo chefe de estado, para quem "corremos risco de não termos
eleições ano que vem".
Clique aqui para
ler o discurso de posse de Fachin
Com
informações de Rafa
Santos é repórter da revista Consultor Jurídico.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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