A bancada do PT na Câmara dos Deputados dará entrada, nesta
quarta, com um pedido de cassação do mandato de Kim Kataguiri (DEM-SP) junto ao
Conselho de Ética da Casa. O partido argumenta que o deputado defendeu o
nazismo durante participação no Flow Podcast. (Reveja). A
informação foi divulgada pelo senador e presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa no Senado, Humberto Costa (PT-PE). Além do
partido, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), anunciou
que irá protocolar ofício. As informações são do Estadão.
“É
inaceitável que alguém eleito pelo voto defenda o nazismo, um regime que matou
mais de seis milhões de judeus. Quem jura defender a Constituição não pode
ultrajar, exaltando sistemas genocidas, valores que para ela são sagrados, como
a dignidade humana e o direito à vida”, disse Costa em sua conta pessoal no
Twitter.
O
senador Renan Calheiros (MDB-AL) também cobrou a cassação do
mandato de Kim por “desrespeito às vítimas do holocausto, aos judeus e aos
brasileiros”. “Isso não é assunto para a política,mas para a polícia. Vida é
bem supremo”, disse em sua rede social.
Kim
esteve no programa do Flow Podcast desta segunda,7, ao lado da
deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Durante discussão com o
apresentador Monark sobre regimes radicais de direita e esquerda, Kim
queixou-se do fato de que, segundo sua percepção, defensores do comunismo
teriam mais espaço na mídia do que defensores do nazismo. Tendo como ponto de
partida a existência do PC do B (Partido Comunista do Brasil) e do PCB, o
parlamentar afirmou: “A gente não tem um partido formal fascista ou nazista com
espaço no parlamento e na imprensa”. Argumentado defender a liberdade de
expressão, Kim também contestou o fato de a Alemanha ter criminalizado o
nazismo e proibir a existência de um partido que o represente.
Investigação
na PGR
Na
terça, o procurador-geral da República, Augusto
Aras, determinou a abertura de investigação contra o youtuber Monark e
o deputado federal por suspeita de apologia ao nazismo. A PGR afirmou que o
caso será analisado pela assessoria criminal do gabinete de Aras, uma vez que
envolve um parlamentar com foro privilegiado.
Kim
criticou a decisão de Aras. O deputado negou ter defendido o nazismo e disse
ser “aterrador que o PGR, que sempre faz vista grossa para crimes que realmente
aconteceram, tenha agido tão rápido”.
“Quando
há claros indícios de crime cometido pelo presidente da República, Augusto Aras
nada faz. Porém, diante de uma conduta claramente de mero debate em um podcast,
Aras age rapidamente -- e com inquestionável cunho político para perseguir
minha conduta de oposição ao governo”, escreveu o parlamentar em nota postada
em sua rede social.
O
deputado também afirmou que vai colaborar com as investigações, já que, segundo
ele, seu discurso foi “ absolutamente anti-nazista”: “Não há nada de criminoso
em defender que o nazismo seja repudiado com veemência no campo ideológico para
que atrocidades que conhecemos nunca sejam cometidas novamente”.
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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