CURAÇA-BAHIA: Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN) registrou tremor de terra de baixa intensidade

Cidade de Curaçá - Bahia - foto internet

O  Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN) registrou um  tremor de terra na cidade de  em Curaçá, no Sertão do São Francisco. O fenômeno ocorreu neste sábado (19) e anotou 2.1 na escala Richter (mR), e foi   considerado de baixa  intensidade.

Segundo informações o fenômeno não  causou nenhuma  dano na cidade  enem nos moradores, apenas um leve susto. Antes do tremor em Curaçá, outro abalo tinha ocorrido em Jacobina, no Piemonte da Diamantina, na quarta-feira (16). A intensidade tinha sido de 2.3 mR, também considerada de baixa potência.

Em 2020, durante pelo menos duas horas, os moradores do distrito de Corta Mão, em Amargosa, no Recôncavo Baiano, deixaram suas casas, sem entender por que a terra tremia sob os pés, na manhã do último domingo, 30. Um novo tremor, de 3,5 de magnitude, foi sentido às 3h42 desta segunda-feira, 31. Segundo especialistas, os terremotos registrados na Bahia podem ser explicados pela ocorrência dos chamados "enxames sísmicos", quando acontece uma série de tremores em diferente locais, pelas falhas geológicas nas cidades onde foram sentidas e por uma espécie de "viagem" dos abalos para outras regiões.

O tremor mais forte, registrado às 7h44 do domingo, em Amargosa, teve uma magnitude de 4,6 na Escala Richter, ainda considerado fraco, mas forte o bastante para derrubar panelas, balançar prateleiras e causar pequenas fissuras em casas e telhas. A prefeitura municipal notificou rachaduras em seis casas e numa igreja católica da cidade. "Uma panela que estava na cozinha foi parar na sala. O telhado da casa de meu sobrinho ficou com algumas rachaduras", contou o operador de máquinas Valmir Borges, de 47 anos, morador de Corta Mão. O primeiro terremoto registrado neste ano, na Bahia, foi na manhã do dia 28 de julho, no município de Ilhéus, no Sul do Estado. Foi um abalo de 3,5 de magnitude.

O geógrafo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Carlos Uchôa explicou que os terremotos registrados na Bahia aconteceram com mais força justamente na região do Recôncavo, onde está localizada uma das três regiões zimogênicas do Nordeste - as outras duas são João Câmara, no Rio de Grande do Norte, e Palhano, no Ceará.

Os tremores de terra ou terremotos como são denominados, são provocados quando há "reativação dessas falhas". "Essas fraturas nas rochas são muito antigas, mas podem ser reativadas. São zonas de fraqueza, onde se tem acúmulo de energia que torna mais fácil que haja um rompimento", disse. A costa brasileira também possui falhas geológicas. Afirmou o geógrafo Uchoa.

Os terremotos podem, por isso, ser sentidos em outras cidades, devido a uma viagem dessas ondas sísmicas. É o que parece ter acontecido na Bahia. "Um terremoto viaja de um local para outro; quanto mais distante, vai perdendo força. Se acontecerem novos tremores, não será uma grande surpresa". Disse Uchôa.

Agora, acredita-se que a Bahia esteja numa fase de "enxames sísmicos", que se caracteriza por essa "viagem" energética que faz a terra tremer com diferentes intensidades. Como o Brasil está localizado no meio de uma placa tectônica - a Sul-Americana - os abalos são sempre rasos, de 0 a 70 quilômetros de profundidade, sem causar grandes estragos. Além da explicação geográfica, há uma possibilidade temporal levantada pelo geógrafo Carlos Uchôa.

Com informações do portal Terra

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