Da redação
As
universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Santa Catarina (UFSC) e de Lavras (UFLA), em Minas
Gerais, suspenderam o retorno das aulas presenciais devido ao aumento de casos da covid-19. As decisões foram anunciadas
nesta quinta e sexta-feira, no final de uma semana em que o Brasil viveu uma
pressão de atendimentos nos hospitais. Outras instituições afirmam que avaliam
o cenário atual da pandemia, mas não apresentaram mudanças nos planos de
retomada.
A
reitoria da UFRJ, maior instituição de ensino federal do Brasil, anunciou a
medida na noite de quinta-feira, 6. As atividades da universidade estavam parcialmente
presenciais, mas a decisão estabelece a volta ao remoto até o dia 31 deste mês.
“A UFRJ está monitorando a evolução da variante Ômicron e, tão logo a situação
melhore, informará sobre a possibilidade de retorno das atividades
presenciais”, diz a reitoria em nota.
A
retomada do presencial na UFRJ começou em novembro para atividades práticas e
trabalhos de campo da graduação, pós-graduação e extensão. O plano para as
aulas teóricas da instituição, previstas para retornar ao presencial em abril,
permanece.
Já
a Universidade Federal de Santa Catarina suspendeu a retomada das atividades
presenciais por tempo indeterminado. A volta, que incluía o retorno ao trabalho
presencial de todos os servidores que não são do grupo de risco da covid-19,
aconteceria a partir da segunda-feira, 10. Entretanto, a instituição alega que
o crescimento dos casos da covid-19, com confirmação da presença da Ômicron no
Estado, levou à suspensão.
Segundo
nota da UFSC, Santa
Catarina vive uma “explosão de casos” com busca alta de atendimentos
nos hospitais que justificam a medida. “A universidade segue com os esforços a
fim de proteger a comunidade universitária. Sempre agiremos respeitando a
ciência e preservando vidas, é isso que estamos fazendo nesse momento”, afirmou
a reitoria da UFSC.
A
UFLA, localizada no município de Lavras, em Minas Gerais, emitiu nota na
sexta-feira, 7, suspendendo as aulas presenciais até o dia 29 deste mês. A
instituição afirma que o cenário epidemiológico do município vai ser analisado
constantemente nos próximos dias para basear novas decisões.
Por
enquanto, diversas universidades mantiveram os planos de retomar as atividades
presenciais. Algumas, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), afirmaram que o
retorno só está previsto no final do primeiro trimestre - o que dá tempo para
deliberar sobre a questão epidemiológica em outro momento. As duas instituíram
o passaporte vacinal como exigência para a comunidade acadêmica.
Outras,
como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade
Federal de Goiás (UFG), marcaram a retomada para o dia 17 deste mês. As três
instituições afirmaram que acompanham as condições sanitárias do País e podem
anunciar mudanças nos planos nos próximos dias.
A
Universidade Federal de Goiás vai reunir o conselho universitário no dia 11
para rever o plano de retomada. Em nota, a instituição afirmou que está
“preocupada com o atual contexto epidemiológico”. “Caso seja mantida a data [de
retomada], posteriormente faremos uma reunião com os diretores das Unidades
Acadêmicas, para discutirmos sobre procedimentos relativos à cobrança de
comprovação da vacina”, disse.
A
UnB declarou que acompanha o quadro atual da pandemia e que pode suspender o
retorno ao presencial “a qualquer tempo”. O plano atual é voltar com cerca de
15% das turmas presenciais, somente em disciplinas que precisam de atividades
práticas ou que são para estudantes prestes a se formar.
No
Rio Grande do Sul, a UFRGS também prevê um retorno gradual, de até 50% dos
servidores e bolsistas de cada unidade nos setores administrativos, técnicos e
laboratoriais. A data de volta às aulas presenciais ainda não foi anunciada pela
instituição. Segundo a portaria publicada pela universidade no final de
novembro, esse retorno vai ser anunciado com no mínimo 15 dias de antecedência.
Andifes
afirma que instituições debatem cenário da pandemia
O
presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais
do Ensino Superior (Andifes), Marcus David, afirmou que uma parte das
instituições debate o aumento de casos, mas outra ainda não iniciou a discussão
devido ao recesso do final de ano. “Muitas estão discutindo, mas ainda não
deliberaram. Outras ainda vão iniciar essa discussão”, disse.
As
universidades federais de Pernambuco (UFPE) e de Goiás (UFG), por exemplo,
marcaram reuniões dos conselhos na semana que vem. Ambas estão com os planos de
retomada neste mês de janeiro e afirmam que vão analisar o cenário da pandemia
antes de qualquer nova deliberação.
A
própria Andifes ainda não concluiu nenhum posicionamento sobre o cenário atual.
Segundo Marcus David, a entidade está no processo de reunir informações das
universidades para ter um cenário epidemiológico mais amplo. “Estamos debatendo
e analisando os dados para elaborar diretrizes e recomendações no processo de
retorno para que possamos publicar um documento”, concluiu.
Com informações do Estadão
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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