Da redação
Servidores
públicos federais farão uma paralisação e um protesto na frente do Ministério
da Economia em 18 de janeiro para cobrar reajuste salarial do governo de Jair
Bolsonaro (PL). O movimento é organizado por servidores de carreira,
mas também deve receber o apoio da base do funcionalismo público federal.
A paralisação do dia 18 faz parte do calendário de mobilização
do Fonacate, o
Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, que representa a
elite do funcionalismo público federal. O calendário foi aprovado no fim de
dezembro, logo depois do presidente Bolsonaro indicar que dará reajuste salarial para os policiais federais neste
ano.
Os
servidores reclamam que as outras categorias do funcionalismo público estão com
os salários congelados desde 2017 e também devem ter aumento salarial. Pelos
cálculos do Fonacate, os salários dos servidores estão defasados desde 27,2% e
26,3% dessas perdas foram registradas apenas no governo Bolsonaro.
Segundo
o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, os servidores vão cruzar os braços e
protestar na frente do Ministério da Economia para cobrar reajuste salarial em
18 de janeiro. Outros dias de mobilização já estão marcados para 25 e 26 de
janeiro. Além disso, o Fonacate diz que os servidores podem entrar em greve em
fevereiro caso não abram um canal de diálogo com o governo ate o fim do mês.
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Rudinei
Marques afirma que a adesão ao movimento está “muito boa”. Segundo ele, o
calendário de mobilização foi aprovado por unanimidade pelas mais de 30
carreiras do funcionalismo público federal que integram o Fonacate e também tem
ganhado a adesão de outras entidades do serviço público federal.
O Condsef (Confederação
dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), por exemplo, deve reforçar as
manifestações. O Condsef representa a base do funcionalismo público federal, o
chamado carreirão. O Fonasefe (Fórum
das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) também fará uma
reunião na próxima 6ª feira (14.jan.2022) para avaliar se participará do
movimento.
“Nós
representamos o maior segmento do funcionalismo público federal, então temos
que tomar uma posição para ver se conseguimos extrair alguma recomposição
salarial. Por isso, vamos fazer uma plenária para decidir sobre a incorporação
ao movimento paredista”, afirmou o presidente do Condsef, Sérgio Ronaldo Silva.
Ele também afirmou que, caso não haja diálogo com o governo até o fim do mês,
os servidores públicos podem entrar em greve em fevereiro.
“O
funcionalismo está há 5 anos com os salários congelados. Não é justo o governo
reservar recursos no Orçamento para dar reajuste a apenas 3% do conjunto do
funcionalismo. Não vamos aceitar essa segregação, que prioriza apenas a base
eleitoral do governo”, afirmou o presidente do Condsef.
Banco Central e Receita
Servidores
do BC (Banco
Central) também prometem protestar por reajuste salarial no próximo dia 18.
Neste caso, a manifestação será na frente da sede do BC.
Além
do protesto, servidores do BC estão entregando cargos de chefia
para cobrar a recomposição salarial. A categoria segue o exemplo dos auditores-fiscais da Receita Federal,
que entregaram cargos de chefia e entraram de greve no fim de dezembro para
reivindicar a regulamentação do bônus de eficiência que é negociado com o
governo desde 2017.
Auditores-fiscais
agropecuários também estão em operação padrão. A paralisação dos auditores
causa atraso na liberação de cargas nos portos e nas fronteiras do Brasil.
Com informações do Poder 360
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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