A
possibilidade da ocorrência de conflito de interesse na atuação do ex-juiz,
ex-ministro e pré-candidato a presidente, Sergio Moro (Podemos), em seu
trabalho na consultoria norte-americana Alvarez & Marsal tem movimentado o
mundo político e é alvo de investigação no Tribunal de Contas da União.
Essa,
porém, não foi a primeira experiência do lavajatista no setor privado depois de
ser demitido da pasta da Justiça pelo presidente Jair Bolsonaro. Antes ele
recebeu cerca de R$ 200 mil para assinar um parecer de 54 páginas em resposta a
uma consulta do bilionário israelense Beny Steinmetz. A informação sobre os
valores recebidos por Moro pelo parecer é da Folha de S.Paulo.
Steinmetz
está envolvido em um litigio com a mineradora sobre um contrato exploração de
uma mina na Guiné quando fechou um negócio com uma de suas empresas em 2010.
No
parecer, Moro sustenta a tese de que a Vale teria ocultado os riscos envolvidos
no negócio. Steinmetz tenta provar que a mineradora deu informações falsas ao
tribunal arbitral em Londres em que a empresa brasileira conseguiu uma sentença
favorável de US$ 2 bilhões contra o israelense.
A
Vale comprou de Steinmetz 51% da BSG Resources (BSGR), que possui licenças de
exploração de minério de ferro em uma transação de US$ 2,5 bilhões. A Vale
pagou US$ 500 milhões antecipadamente ao empresário israelense.
Um
ano após o negócio, o presidente eleito da Guiné, Alpha Condé, revisou todas as
concessões de exploração de minérios de governos anteriores. A investigação no
país africano encontrou indícios de suborno na concessão das minas a Steinmetz,
em 2008, quando o país era governado por Lansana Conté, um militar que deu um
golpe de estado que durou 24 anos.
Com isso, a Vale buscou reparação na corte arbitral de Londres, que deu razão a mineradora brasileira. Menos de um mês após a emissão do parecer, Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal que atua na recuperação judicial de empresas atingidas pela "lava jato".
Com informações da
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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