Da redação
O Taleban apreendeu 3 mil
litros de bebida alcoólica em Cabul, capital do Afeganistão. O material
apreendido na operação, coordenada por agentes da Diretoria Geral de
Inteligência (GDI, da sigla em inglês), estava em posse de três traficantes e
foi descartado, informou o jornal britânico The
Independent.
No Twitter,
em sua conta oficial, o GDI relatou que, além do descarte, os comerciantes
ilegais foram entregues à Justiça. O órgão também publicou um vídeo que mostra
os agentes despejando o conteúdo do barris em um canal.
As
imagens também mostram os acusados algemados, vigiados por uma equipe de
agentes especiais que posicionam à beira das águas uma fileira de barris de cor
azul contendo bebida alcoólica.
Um
líder religioso identificado como Sheikh Zahoorullah prega no vídeo que “os
muçulmanos devem se abster seriamente de produzir e distribuir álcool”.
O consumo de álcool é proibido pelas leis do Islã. Mesmo sob o regime anterior no país, antes da tomada de poder pela organização extremista e com apoio do Ocidente, não eram permitido vender ou produzir bebida alcoólica.
De
acordo com a imprensa local, batidas contra traficantes de álcool e usuários de
drogas aumentaram no Afeganistão desde que o Taleban assumiu o controle do país
em agosto do ano passado.
Por
que isso importa?
Desde
que assumiu o poder, no dia 15 de agosto, o Taleban busca reconhecimento
internacional como governo de fato do que chama de “Emirado
Islâmico“. O grupo chegou a se reunir com autoridades da ONU (Organização
das Nações Unidas) a fim de garantir que a assistência humanitária seja mantida
no país.
O
problema é que as acusações de abusos dos direitos humanos e de repressão,
sobretudo contra mulheres,
afastam cada vez mais o governo talibã da comunidade internacional. Tanto que,
até agora, nenhuma nação reconheceu formalmente o Taleban como poder legítimo
no país, apesar da aproximação com países como China e Paquistão.
Mais
do que legitimar os talibãs internacionalmente, o reconhecimento é crucial para
fortalecer financeiramente um país pobre e sem perspectivas imediatas de gerar
riqueza. Inclusive, os Estados Unidos, o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) cortaram o acesso de Cabul a mais de US$ 9,5 bilhões em
empréstimos, fundos e ativos, sem qualquer previsão de retirada das sanções que
bloquearam o dinheiro fundamental para reerguer o país.
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário