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STR O líder norte-coreano Kim Jong Un participa de plenária do Partido dos
Trabalhadores da Coreia em Pyongyang, em 28 de dezembro de 2021
Da redação
O
líder norte-coreano, Kim Jong Un, colocou a economia no centro das prioridades
de seu país para 2022, em discurso para definir a agenda nacional em que não
citou os Estados Unidos.
Seu
discurso na plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia concentrou-se no
desenvolvimento e na produção de alimentos, informou a mídia estatal neste
sábado (1º).
O
empobrecido país, que possui armas nucleares, mantém um bloqueio rígido devido
ao coronavírus, o que atingiu sua economia e provocou escassez de alimentos.
Em
seu discurso de encerramento da plenária, Kim reconheceu na sexta-feira (31) a
"terrível situação" de 2021 ao definir os planos para este novo ano,
informou a agência de notícias estatal KCNA.
Ele
descreveu os desafios de 2022 como "uma grande luta de vida ou morte"
e definiu a "importante tarefa de fazer um progresso radical na solução do
problema da alimentação, vestuário e moradia para as pessoas", segundo a
KCNA.
A
pandemia e o fechamento da fronteira causaram em 2020 a maior contração
econômica do Norte em duas décadas, segundo o banco central sul-coreano.
Diante
da perspectiva de uma crise alimentar, um especialista em direitos humanos da
ONU alertou em outubro que os países mais vulneráveis estavam "sob risco
de fome".
Kim,
que chegou ao poder há pouco mais de uma década após a morte de seu pai Kim
Jong-Il, indicou na reunião do partido que combater a pandemia é uma prioridade
no próximo ano.
"O
trabalho de emergência para prevenção de epidemias deve ser uma
prioridade", disse, citado pela KCNA.
Analistas
apontam que o impacto da covid-19 é a razão para o foco na economia.
"A
pandemia continua pressionando a diplomacia da Coreia do Norte, dizimando sua
economia e tornando o controle de fronteiras uma prioridade de segurança",
comentou à AFP Leif-Eric Easley, professor da Ewha Womans University em Seul.
-
Modo sobrevivência -
O
discurso não citou diretamente os Estados Unidos ou a Coreia do Sul, mas
mencionou que Pyongyang continuaria a fortalecer suas capacidades militares
devido "ao ambiente militar cada vez mais instável na península
coreana" e à mudança da situação internacional.
Isso
inclui garantir a lealdade e obediência dos militares, atualizar as milícias e
"produzir equipamento poderoso compatível com guerras modernas",
disse Kim, citado pelo KCNA.
O
despacho da agência não citou detalhes sobre o que esse fortalecimento bélico
implicaria.
"Kim
pode estar ciente de que talvez não seja uma boa ideia revelar planos de
desenvolvimento militar complexos enquanto as pessoas sofrem com a escassez de
alimentos e as condições difíceis fora de Pyongyang", tuitou Chad
O'Carroll do site especializado NK News.
"A
Coreia do Norte estará mais ou menos em modo de sobrevivência em 2022 e não
sabe o que fazer a respeito de sua política externa neste momento",
acrescentou.
Pyongyang
enfrenta inúmeras sanções internacionais por seus programas de mísseis
nucleares e balísticos, que avançaram rapidamente no governo de Kim.
A
deterioração econômica durante a pandemia não afetou os programas militares. Ao
contrário, o desenvolvimento de armas continuou, de acordo com um relatório da
ONU de outubro.
Pyongyang
se afastou das negociações sobre seu programa nuclear desde que o diálogo de
2019 entre Kim e o então presidente americano Donald Trump fracassou.
Sob
o mandato do presidente Joe Biden, os Estados Unidos expressaram sua disposição
de se encontrar com representantes norte-coreanos, ao mesmo tempo que
insistiram na desnuclearização do regime norte-coreano.
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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