Da Redação
A
Áustria vai se tornar, em fevereiro, o primeiro país da Europa a obrigar os
cidadãos a se vacinarem contra a Covid-19. O chanceler austríaco, Karl
Nehammer, disse que os que recusarem a se imunizar estarão sujeitos a multas
elevadas.
Em
uma coletiva de imprensa, o chefe de Governo conservador – que comanda o país
em uma coalizão com os ecologistas – afirmou que a medida, para os maiores de
18 anos, entrará em vigor no começo do próximo mês. “É um projeto sensível, mas conforme à Constituição”,
afirmou o chanceler.
O
governo prevê “uma fase de adaptação” para que os não vacinados tenham a
possibilidade de mudar de ideia até “meados de março”, explicou o conservador.
Depois deste período, haverá fiscalização da aplicação da futura lei. Ele
adiantou que os que não estiverem em dia, estarão em situação de “delito,
passível de sanções” financeiras que variam de 600 a 3.600 euros (R$ 3.790 a R$
22.750), nos casos de reincidência.
Apoio
parlamentar
O
tema divide a sociedade austríaca – 78,5% da população já completou a
vacinação, um índice considerado baixo, na comparação com outros países
ocidentais. Durante toda a semana, acalorados debates ocorreram no Parlamento
em torno do projeto.
No
sábado (15), 27 mil pessoas voltaram às ruas de Viena e em outras cidades para
protestar contra a medida, acusada de violar as liberdades individuais. Os
protestos contam com o apoio da extrema direita, mas os partidos Social
Democrata e Liberal, além dos Verdes, apoiam a iniciativa de Nehammer.
O
governo argumenta que a medida é necessária para combater a lotação dos
hospitais e para o país chegar a 90% de imunização da população contra
o coronavírus – índice a partir do qual a imunidade coletiva é atingida,
conforme o conselho de especialistas que orientam o Executivo. Exceções estão
previstas para mulheres grávidas, se assim desejarem, e pessoas que não podem
se vacinar por razões médicas, mediante comprovação.
Obrigatoriedade
é rara no mundo, mas avança de maneira velada
Pouco
a pouco, a obrigatoriedade da vacinação se espalha nos países europeus, de
maneira mais ou menos velada. Determinadas categorias profissionais, como as
ligadas à saúde e com alto contato com o público, já estavam amplamente
sujeitas à comprovação de imunização há mais tempo.
Agora,
a França deve adotar definitivamente neste domingo (16) a transformação do atual passaporte sanitário – para o qual
um teste PCR negativo e recente é suficiente – em passaporte vacinal, em
que será necessário um esquema completo de imunização. O projeto de lei foi
aprovado definitivamente pela Assembleia dos Deputados e será votado nesta
tarde pelo Senado.
Na
Alemanha, um projeto semelhante ao austríaco é defendido pelo novo chanceler
social-democrata Olaf Scholz, que deve apresentar o texto ao Parlamento até o
fim do mês.
No
resto do mundo, o Equador, a Indonésia, a Micronésia, o Tajiquistão e o
Turcomenistão já adotaram a obrigatoriedade vacinal.
Com
informações da AFP
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de
responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor
Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira
responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a
lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os
critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário