Da Redação
Albert
Einstein é conhecido por descobrir a teoria da relatividade, entre muitas
outras conquistas que mudaram a ciência. Mas você sabia que o físico também se
interessava pela busca da felicidade e
por saúde
mental? A jornalista Jessica Stillman, do Inc., escreveu sobre
o tema.
Em
1922, um ano após ser laureado com o Prêmio Nobel, o físico viajou para o
Japão e se via constantemente rodeado de admiradores curiosos. Aparentemente,
desde essa época ele já se questionava sobre a felicidade, porque entregou
bilhetinhos filosóficos a um mensageiro de hotel em vez de gorjetas. Em um
deles, escreveu: “Uma vida calma e modesta traz mais felicidade do que a busca
pelo sucesso combinada a constante inquietação.”
Não sabemos as motivações por trás do bilhete — talvez ele só estivesse sem
troco para dar gorjetas —, mas a sua assinatura valeu e muito: em 2017, o
bilhete, agora em posse de um familiar do mensageiro, foi leiloado por US$ 1,56
milhão (R$ 8,8 milhões).
É
difícil chegar a um consenso acerca do conceito de felicidade. Outro laureado
pelo Nobel, Daniel Kahneman apontou que muitas vezes, quando as
pessoas falam de felicidade, elas estão descrevendo uma sensação momentânea,
como o que sentem quando comem uma fatia de bolo de chocolate ou brincam com um
filhote de cachorro. Outras vezes, querem falar de algo como satisfação ou o
senso de contentamento que se tem ao conquistar algo importante.
Comumente, estas duas formas de felicidade entram em conflito. Ir atrás de
grandes sonhos e enfrentar obstáculos pode fazer com que você se sinta
derrotado em certos momentos. Brincar com cachorros (ou comprar coisas
incríveis) pode trazer uma boa sensação, mas deixar um sentimento de vazio, se
tudo o que tiver na vida forem estes breves instantes.
Há
também algo chamado riqueza psicológica, que se refere a outra forma de
felicidade, encontrada quando se tem experiências variadas. É a alegria sentida
ao perceber que se viveu muito do que o mundo pode oferecer.
Tudo isso indica que existem múltiplas definições de felicidade, e cada um de
nós deve decidir qual delas buscar. Einstein compreendia isso e deixou claro em
seu bilhete — indicando dois caminhos: sucesso ou contentamento.
17
palavras são um bom começo
A
felicidade é sobre equilíbrio. Buscá-la demais pode trazer solidão e tristeza.
Não buscá-la o suficiente pode causar arrependimento. E tudo depende de como
você avalia o progresso: está levando em consideração réguas internas, como
sabedoria, ou externas, como glória e dinheiro?
Em seu bilhete, Einstein mostrou algo que devemos ter em mente: a felicidade
não é um conceito simples, que pode ser resumido em 17 palavras. Cada um de nós
definirá esse sentimento por si — e essa definição pode mudar com o tempo.
Seja qual for a explicação, tenha em mente que é uma busca eterna.
Artigo publicado na Revista PEGN
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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