As
explosões de duas bombas em um bairro de maioria xiita de Cabul, capital
do Afeganistão,
deixou ao menos duas pessoas mortas e quatro feridas, na última sexta-feira
(10). As informações são da Radio Free Europe.
De
acordo com o porta-voz do Ministério do Interior do Taleban, Sayed Khosti, duas
bombas foram detonadas na região de Dasht-e Barchi. Nenhum grupo extremista
assumiu a autoria do ataque, embora ele tenha as características do Estado
Islâmico-Khorasan (EI-K), que realizou uma ação idêntica na mesma
região em novembro.
A
minoria xiita Hazara do Afeganistão tem sido alvo de repetidos ataques de
militantes EI-K. Trata-se do terceiro maior grupo étnico do país, que
enfrentara discriminação e perseguição de longo prazo por parte da maioria
sunita.
Por
que isso importa?
O
EI-K não é novo no cenário afegão. O grupo extremista opera no país desde 2015
e surgiu na esteira da criação do Estado Islâmico (EI)
do Iraque e da Síria. Foi formado originalmente por membros de grupos
do Paquistão que migraram para o Afeganistão fugindo da crescente
pressão das forças de segurança paquistanesas. Não há diferença substancial
entre o EI e o EI-K, somente o local de origem, a região de Khorasan,
originalmente no Irã.
Agora
que a ocupação estrangeira no Afeganistão terminou e que o antigo governo foi
deposto pelo Taleban, os principais alvos do EI-K têm sido a população civil e
os próprios talibãs, tratados como apóstatas pelo Khorasan sob a acusação de
que abandonaram a jihad por uma negociação diplomática.
Os
ataques suicidas são a principal marca do EI-K, que habitualmente tem uma alta
taxa de mortes por atentado. O mais violento de todos eles ocorreu durante a
retirada de tropas dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), quando as bombas do grupo mataram 182 pessoas na região do
aeroporto de Cabul.
No
início de outubro, dezenas de pessoas morreram em um ataque suicida a bomba
contra uma mesquita na província de Kunduz, no nordeste do Afeganistão. Já
em novembro, nova ação do EI-K, esta contra um hospital de Cabul, deixou 25
pessoas mortas e cerca de 50 feridas.
No
Brasil
Casos
mostram que o país é um “porto
seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do
site The
Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações
terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad
Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em
2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em
2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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