Da
Redação
BRASÍLIA,
DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (5) que a
Petrobras vai começar a anunciar uma série de reduções nos preços dos
combustíveis, começando nesta semana. As informações são do FolhaPress.
"A
Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível",
afirmou em entrevista ao site Poder360.
O
chefe do Executivo, no entanto, não informou quais seriam os percentuais de
redução e nem os prazos.
A
alta de preços dos combustíveis vem sendo um dos principais motores da
inflação, que já ultrapassou os dois dígitos o acumulado em 12 meses e é um
problemas econômicos enfrentados pela gestão Bolsonaro.
Além
de afetar a popularidade do presidente, a inflação também tem causado
insatisfação entre prefeitos. Eles reclamam que estão sendo pressionados a
reajustar os valores das tarifas do transporte público. Por isso, solicitam
auxílio financeiro do governo federal.
Outro
grupo fortemente afetado pela alta de preços dos combustíveis é o dos caminhoneiros.
Base de apoio de Bolsonaro, a categoria vem organizando, porém, manifestações
contra a política de preços da Petrobras e a falta de ação do governo federal
para conter a inflação.
Pressionado,
Bolsonaro chegou a anunciar um auxílio de R$ 400 para a categoria, que viria do
espaço aberto no teto pela PEC dos Precatórios, aprovada no Senado na semana
passada.
O
presidente também vem respondendo às críticas pelas altas dos combustíveis
atacando governadores e a própria Petrobras. Em relação aos primeiros, costuma
afirmar que os altos preços são consequência dos impostos estaduais, em
particular do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).
"Eu
não reajustei, mantive congelado desde 2019, o valor do PIS/Cofins, que é o
imposto federal. Os governadores mantiveram o percentual, que varia de acordo
com o valor na bomba. E mais que dobraram o valor arrecadado com o ICMS. Querem
criticar, critiquem. Mas a pessoa certa", disse ainda ao site neste
domingo.
Recentemente,
Bolsonaro também passou a atacar a Petrobras, afirmando que não tem controle
sobre a empresa e disse que estava discutindo com o ministro Paulo Guedes
(Economia) uma "solução".
"É
uma empresa que não tenho domínio sobre ela, tem seu aparelhamento. Ela busca o
lucro. Tivemos problema sério, no passado, além da corrupção, com a questão da
paridade com preço internacional. Estamos buscando rever essa questão",
disse Bolsonaro nas últimas semanas.
"Ela
entrega a gasolina a R$ 2,30 o litro. Chega a R$ 7 no final da linha. É um assunto
que sempre procuro debater com a sociedade para demonstrar onde está o
problema", afirmou ainda o mandatário.
Por
outro lado, em audiência no Senado, há dez dias, o presidente da empresa,
general Joaquim Silva e Luna, disse que "não é correto" atribuir à
Petrobras o aumento nos preços dos combustíveis.
"A
Petrobras reajusta o preço desses combustíveis observando estas variáveis:
mercado externo, mercado interno, como eles se comportam, observamos
praticamente três grandes mercados --os Estados Unidos, a Europa e a Ásia-- a
competição entre produtores e importadores, e a variação do preço no mercado
mundial", argumentou.
De
acordo com o presidente da empresa, nos últimos sete meses, a estatal ficou 95
dias sem alterar o preço do GLP; 85 sem aumentar o valor do diesel; e 56 dias
sem elevar o da gasolina. Ele ainda afirmou que os 15 reajustes feitos pela
empresa resultaram em 38 altas para os consumidores.
Bolsonaro acompanhou neste domingo a final do campeonato interno de futebol de veteranos de um clube de Brasília, na qual estava prevista a participação de seu sogro. A imprensa foi vetada pelo clube.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.co
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