Da redação
A
OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta quarta-feira (29) o último
balanço do ano sobre a incidência do coronavírus no mundo. Entre os dias 20 e
26 de dezembro, quase 5 milhões de pessoas foram infectadas, um aumento de 11%
em relação à semana anterior. No mesmo período, 44 mil pacientes morreram em
decorrência da Covid-19.
Os
novos casos de Covid-19 em Portugal subiram 81% entre 20 e 26 de dezembro, com
mais de 55,2 mil pessoas infectadas no período. Já o Brasil é destacado no
balanço da OMS por ser o segundo país das Américas com o maior número de mortes
na última semana: 997. Em primeiro lugar aparecem os Estados Unidos, com mais
9,3 mil mortes.
A
OMS informa ainda que a variante Ômicron tem uma vantagem de crescimento em
relação à variante Delta, duplicando a cada dois ou três dias. Com isso, vários
países estão reportando um rápido aumento de novos casos. A Ômicron já está
dominante nos Estados Unidos,
no Reino Unido e
em outras nações.
Avaliações
preliminares obtidas na África
do Sul, na Dinamarca e
no Reino Unido sugerem um risco reduzido de internações nos hospitais de
pacientes infectados com a Ômicron. Mas a agência da ONU destaca que mais dados
são necessários para entender melhor os marcadores clínicos da severidade da
doença, incluindo uso de oxigênio, ventilação mecânica ou risco de morte.
A
OMS também tenta entender melhor os impactos
da vacinação ou de uma infecção prévia com o vírus na severidade da
infecção com a Ômicron.
A
Europa continua sendo a região do mundo com a maior incidência por semana: 304
mil novos casos de Covid-19 por cada 100 mil habitantes, seguida das Américas,
onde a incidência é de 144 mil novos casos por 100 mil habitantes.
Os
países do mundo que registraram os maiores números de novos casos na última
semana foram: Estados Unidos (1,1 milhão; alta de 34%), Reino Unido (611 mil;
alta de 20%), França (504 mil; alta de 41%), Itália (257 mil; alta de 62%) e
Alemanha (197 mil; queda de 30%).
Desde
o início da pandemia, há dois anos, foram registrados 278 milhões de casos de
Covid-19, sendo que 5,4 milhões de pacientes morreram.
“Vergonha
moral”
Ao
marcar os dois anos do início do surto de Covid-19, o diretor-geral
da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que é uma “vergonha moral” o
mundo não ter atingido a meta de vacinar 40% da população em
2021. Segundo ele, a baixa cobertura vacinal e as falhas
nas imunizações custaram vidas e permitiram
a mutação do vírus.
Para
2022, Ghebreyesus reforçou que conta com apoio
internacional, especialmente dos países mais ricos e que já iniciaram
as doses
de reforço, para vacinar 70% da população mundial até
julho. Ele diz que o foco agora é ampliar o número de
vacinados antes de seguir com novas campanhas, pois acabar com
a desigualdade é a chave para o fim da pandemia.
Sobre
o Brasil, particularmente, o chefe da OMS fez uma avaliação positiva, já
que o país se aproxima dos 65% de imunizados. Ele reforçou que a
imunização dos mais vulneráveis deve ser prioridade e destacou a importância de
manter as medidas de prevenção.
Já
o chefe do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que a
transmissão da nova variante deve seguir tanto na América do Sul como
no resto do mundo. Por isso, ele afirma que é hora de preparar os sistemas
de saúde, mesmo que o vírus demonstre causar versões mais leves da doença, para
evitar falta de recursos para lidar com novas ondas.
Ryan
destaca que, com a cobertura vacinal, especialmente das populações vulneráveis
e em locais isolados, sua expectativa é que a fase mais aguda da pandemia, com
aumento de mortes e hospitalizações, termine em 2022, já que o
coronavírus não deve desaparecer no próximo ano.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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