Da Redação
SANTIAGO DO CHILE, 19 DEZ (ANSA) - O Chile abriu as urnas neste domingo (19) para definir o vencedor do segundo turno da eleição presidencial do país, em um pleito marcado por uma briga acirrada entre José Antonio Kast, de extrema-direita, e Gabriel Boric, de esquerda. A imprensa chilena destaca que nunca na história democrática, desde o fim da ditadura do falecido general Augusto Pinochet (1990), houve uma disputa tão polarizada.
O primeiro turno, em 21 de novembro, terminou com Kast em primeiro lugar, com 27,91% dos votos, e Boric em segundo, com 25,82%. Para sair vitorioso, um dos dois precisará obter mais de 50% dos votos.
Há uma grande incerteza quanto ao resultado da votação porque as últimas pesquisas não oficiais - as oficiais estão proibidas há duas semanas - indicam um confronto direto entre os dois candidatos. As urnas permanecerão abertas para os mais de 15 milhões de eleitores elegíveis até as 18h (horário local). A expectativa é que o resultado seja divulgado entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira (20). Kast e Boric (votaram quase simultaneamente hoje, ambos dizendo que estão certos da vitória para a sucessão do presidente Sebastián Piñera.
O
candidato de extrema-direita, por sua vez, assegurou que seria "uma grande
honra para ele dirigir o destino da nação", acrescentando, no entanto, que
está "preparado para qualquer cenário e para continuar trabalhando para o
Chile". A respeito de um possível resultado com uma
diferença de apenas algumas dezenas de milhares de votos, Kast respondeu que "serão
eleições com pouca diferença entre os dois candidatos, e propôs que o resultado
final seja anunciado pelo Serviço Nacional Eleitoral (Servel)". "Mas
se esse resultado apresentar uma diferença mínima, precisamente menos de 50 mil
votos, a questão "teria que ser resolvida com a Justiça Eleitoral.
Já
Boric votou em Punta Arenas, "garantindo que se perder, vai reconhecer a
derrota". Ele, porém, afirmou que está certo de que sairá
vencedor. "O sentido de responsabilidade histórica que
sinto neste momento é enorme. Sei bem que a história não começa conosco e que o
país se constrói com a contribuição de todos. Estou sereno porque acredito
firmemente que fizemos uma campanha limpa e confiamos profundamente nos homens
e mulheres chilenos e nas instituições do país", concluiu. (ANSA)
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